quinta-feira, 16 de julho de 2009

O descrédito total da equipa da Educação

Hoje, quando se sentar à mesa com os representantes legítimos da classe, Maria de Lurdes Rodrigues estará consciente de que foi derrotada em toda a linha.

Bem pode espernear, tergiversar e perorar sobre as reformas “fundamentais” que introduziu no sistema educativo.

Poderá voltar a falar do Inglês no 1º ciclo, das NO ou dos números do abandono escolar.

Mas tanto ela como nós, todos sabemos que a incumbência que lhe foi determinada pelo 1º ministro e pelo ministro das Finanças se saldou por um fracasso monumental. Tal como sabemos que a forma como ela (des)governou a educação acabou por transformar-se na génese da derrota que o PS vai ter nas eleições de Setembro.

É que ninguém se esquece de que o objectivo primordial da ministra era construir e aplicar um modelo de avaliação que se traduzisse em diminuição da massa salarial e em bloqueamento das possibilidades de progressão na carreira. Supostamente esse modelo devia contribuir para elevar a qualidade do ensino e melhorar o serviço público de educação.

Ora o que se verifica, passados 4 anos de consulado da ministra, é que o modelo de avaliação foi bloqueado por acção dos professores e dos seus sindicatos, e a descredibilização da ministra, da sua equipa (e dos amigos e colaboradores que desenharam aquilo a que o Prudêncio muito justamente chama «o monstro») é total.

Já em desespero de causa, numa tentativa de branquear a sua péssima política e a prepotência e vaidade com que dirige o ministério, a ministra solicitou diversos pareceres a instituições [CCAP - OCDE]] que sempre responsabilizou pelas decisões que ia tomando. Só que, ironia das ironias, todos os pareceres condenam as decisões técnicas e políticas que o governo tomou em matéria de avaliação e desenvolvimento da carreira docente.

E bem pode o secretário Pedreira continuar a ser mal-educado e arrogante, ou a ministra e os seus indefectíveis continuarem a tresler o que está escrito nos relatórios. Já ninguém acredita e todos reconhecem o embuste, a arrogância e o despautério que são timbres desta equipa governamental.

(+)

Re(Flexões)

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