sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Vá à Feira Outlet, mas não a 31!...


Se lhe der jeito, vá à «Feira Outlet», em Fafe, mas não a '31 de Setembro', conforme consta no cartaz. Porquê? Basta relembrar o dito popular: «30 dias tem Novembro, Abril, Junho e Setembro; de 28 só há um; todos os outros têm trinta e um

Ora como se verifica, não existe o dia '31 de Setembro'! Falha grave de quem elaborou o texto do cartaz. Imperdoável!

Morre o Homem, mas fica a obra

Cabeceiras: Joaquim dos Santos editado

Governo corta a torto e a direito

Já não há 500 euros para os melhores alunos

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domingo, 25 de setembro de 2011

Escolas adaptam-se ao Acordo Ortográfico

Escolas enfrentam acordo ortográfico

O acordo ortográfico começou a ser aplicado nas escolas este ano lectivo. Mas as dúvidas quanto à sua aplicação ainda são muitas. Nas salas de aulas há manuais com as duas grafias…


Programa Novas Oportunidades defendido com unhas e dentes por Valter Lemos

Comentário:

Quem melhor do que uma pessoa que colocou o programa em velocidade de cruzeiro poderá enaltecer as virtudes do mesmo? Este ex-secretário continua a viver num país panglossiano!... Há gente assim: apesar das evidências, é incapaz de mudar a perspectiva! Ainda bem que tal personagem já não tem possibilidade de errar com a sua visão míope…

A cantar, a cantar são ditas umas boas verdades!...

sábado, 24 de setembro de 2011

PSD e CDS aprovam projecto de resolução sobre empréstimo de manuais escolares

O empréstimo de manuais escolares, aprovado há um ano na generalidade, voltou a ser discutido ontem no Parlamento, com os partidos da coligação governamental a recomendarem ao Governo que regule a iniciativa.

O essencial do sistema permanece pouco amigo das famílias”, lê-se no projecto de resolução do PSD e CDS.

Os deputados alegam que o facto de o Governo ter iniciado funções pouco antes do início do ano lectivo “não permitiu que se conseguisse implementar já este ano um sistema de empréstimo” de manuais escolares “justo e indispensável para muitas famílias”, que permita simultaneamente poupanças ao erário público.

Os dois partidos consideram que a medida deve ser regulamentada “o mais breve possível”, nomeadamente através da criação de bolsas de empréstimo nas escolas.

PÚBLICO

PSD e CDS aprovam projecto de resolução sobre empréstimo de manuais escolares

O empréstimo de manuais escolares, aprovado há um ano na generalidade, voltou a ser discutido ontem no Parlamento, tendo os partidos da coligação governamental recomendado ao Governo que regule a iniciativa.

O essencial do sistema permanece pouco amigo das famílias”, lê-se no projecto de resolução do PSD e CDS.

Os deputados alegam que o facto de o Governo ter iniciado funções pouco antes do início do ano lectivo “não permitiu que se conseguisse implementar já este ano um sistema de empréstimo” de manuais escolares “justo e indispensável para muitas famílias”, que permita simultaneamente poupanças ao erário público.

Os dois partidos consideram que a medida deve ser regulamentada “o mais breve possível”, nomeadamente através da criação de bolsas de empréstimo nas escolas.

Os proponentes frisam que anteriores governos “nunca demonstraram essa intenção”.

Apesar de o princípio estar já previsto, os partidos que suportam o Governo sublinham que a regulamentação se torna ainda mais pertinente na actual situação económica do país.

PÚBLICO

A habilidade é do artista!…

Os estudantes do ensino recorrente podem completar o secundário num ano e estão dispensados dos exames nacionais. Muitos acabaram com média de 20 e entram nas faculdades com facilidade, passando à frente daqueles que fizeram o ensino regular. Dirigentes escolares falam em situação “escandalosa”, mas a situação é legal.

PÚBLICO

Directores à rasca com a avaliação do desempenho

Directores não têm quem lhes faça a avaliação

A tarefa de avaliar os directores de Escolas e Agrupamentos cabe aos responsáveis regionais de Educação, mas estes foram substituídos pelo novo Governo há apenas semanas e os recém-nomeados não têm tempo suficiente no cargo para os avaliar.

Mais de mil directores de escolas têm até ao final do mês para entregar o seu relatório de avaliação, mas ainda não sabem quem irá avaliá-los. É que a tarefa cabe aos respectivos directores regionais de Educação, mas estes foram todos substituídos no início do mês. Os novos estão no cargo há semanas e precisavam de pelo menos seis meses de “contacto funcional” com os directores para os poderem avaliar, segundo as regras do SIADAP — Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho da Administração Pública.

Diário de Notícias

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Exames do 6.º Ano vão contar 25 por cento

Isabel Leite, secretária de Estado dos Ensinos Básico e Secundário, diz em entrevista ao diário Correio da Manhã que o Ministério quer exames também no 4.º ano. A nota de Educação Física pode deixar de contar para a média de acesso ao Ensino Superior.

Correio da Manhã

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Olha como eles mudam!...

PS incentiva professores a processar Ministério

«Há professores que estão irremediavelmente prejudicados», diz vice-presidente da bancada parlamentar socialista

O PS incentivou, esta quarta-feira, os docentes prejudicados no processo de colocação de professores a accionarem os mecanismos legais para responsabilizarem o Ministério da Educação e acusou o Governo de gerar «um embuste político».

A posição dos socialistas foi assumida na Assembleia da República pela vice-presidente da bancada Odete João, considerando que muitos docentes foram prejudicados e enganados pela informação disponibilizada, concorrendo a horários mensais em vez de anuais.

«Há professores que estão irremediavelmente prejudicados e espero que accionem os mecanismos legais no sentido da responsabilização do Ministério da Educação. O Ministério da Educação está a descartar a responsabilidade para as escolas, quando sabe perfeitamente que isso não é verdade», declarou a dirigente do Grupo Parlamentar do PS.

Em declarações aos jornalistas, Odete João considerou que este caso configura «um embuste político, porque muitos docentes, ao concorreram para horários até ao final do ano, têm na plataforma informática que são horários mensais».

«Esses professores foram enganados sobre a informação que lhes foi disponibilizada, gerando uma grande burocracia nas escolas, que estão a ser inundadas por telefonemas de professores a perguntarem se os seus horários são para um mês ou para o ano todo. Esta situação está a prejudicar a actividade docente, cria uma nova categoria de precários na actividade, gera instabilidade nas escolas e prejudica os alunos», frisou a deputada do PS.

Segundo a vice-presidente da bancada socialista, a partir de agora, a solução «é voltar» ao sistema antigo «em que se explicitava o fim dos contratos ¿ situação que deve estar plasmada na plataforma informática a que os professores acedem».

TVI24

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Critérios polémicos na contratação de docentes


Colocação de docentes gera indignação

Os resultados da colocação de professores contratados através da Bolsa de Recrutamento, que foram conhecidos esta segunda-feira, estão a gerar uma onda de indignação entre os docentes.

Correio da Manhã

Só os ingénuos não estariam à espera disto…

Por esta é que ninguém esperava

O FMI descobriu que parte da derrapagem orçamental portuguesa se deve à campanha eleitoral de 2011 do Partido Socialista. E se investigasse mais para trás descobriria também que a reeleição de Sócrates em 2009 custou aos contribuintes portugueses pelo menos 5 mil milhões de euros de défice e que os quase dois anos do seu segundo Governo foram a campanha eleitoral mais longa da História de Portugal. Reeleger o anterior primeiro-ministro foi ruinoso não só porque recolocou um incompetente esbanjador no cargo, mas principalmente porque lhe permitiu continuar a gastar milhões de euros em propaganda eleitoral entre Setembro de 2009 e Junho de 2011. Só é pena ter sido o FMI a fazer a descoberta. Na imprensa e na UTAO ninguém parece ter dado por nada.

Blogue Lisboa – Tel Aviv

domingo, 18 de setembro de 2011

O ataque poderá ser a melhor defesa?

Também se aprende com a experiência dos outros


Professeur, comment faire ? – Conseils pour mieux vivre son métier

Françoise Le Duigou - Éditions de l’Atelier et ADAPT, 2011

Un livre de « recettes » souvent judicieuses pour enseigner de manière efficace, loin de la simple (ou simpliste) « tenue de classe », par une enseignante expérimentée.

Un ouvrage surtout pratique, destiné aux débutants dans le secondaire, écrit par une enseignante expérimentée qui a exercé près de vingt ans en ZEP. L’auteure a choisi de partir de ces nombreuses questions qui se posent tous les jours au professeur : comment retenir l’attention, comment gérer l’hétérogénéité, quels devoirs donner, etc. ? La « tenue de classe », chère à certains, n’est pas l’axe central, car l’essentiel n’est-il pas de mettre les élèves au travail et mieux encore, en situation d’apprendre ?

Beaucoup de conseils pratiques, quelques « trucs » (un emploi fréquent de l’impératif, mais plutôt dans un sens incitatif que prescriptif) et une orientation globalement favorable à une pédagogie active : tout cela fait de ce livre un outil pratique intéressant, même si on aurait aimé davantage voir plus nettement émerger la question des « valeurs » qui sont au cœur des choix que fait l’enseignant dans sa manière d’enseigner ou que soient pointées les tensions qui traversent le métier, dans des questions comme celle du socle commun ou du rôle de l’accompagnement personnalisé.

Jean-Michel Zakhartchouk

Cahiers Pédagogiques

A dificuldade de combater a crise...

sábado, 17 de setembro de 2011

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Relatório da OCDE coloca Portugal em 1.º lugar

O relatório da OCDEEducation at a Glance 2011») tornado público coloca Portugal em 1.º lugar, no que diz respeito à obtenção de um diploma do ensino secundário. Mas basta ler com atenção o gráfico, para concluir que foram as «Novas Oportunidades» que fizeram o ‘milagre’!… Em termos de certificação, não haverá qualquer dúvida! Mas duvidamos que o nível de conhecimentos tenha subido na mesma proporção. O Governo de José Sócrates ‘envernizou’ a situação, mas quando o verniz é de fraca qualidade o brilho não dura muito…

«Carta a um matemático pela salvação de uma fórmula»

“Ex.mo Senhor Ministro da Educação,

Hesitei muito antes de arrumar, sob a forma de carta virtual, estas mal alinhadas palavras.

Quem lhe escreve com atrevimento é um mísero parolo de Viana. Professor vai para 16 anitos, depois de uma razoável dose de estudo, num percurso relativamente bem sucedido, com muitos exames e rigor docente, desde a primária, (já que adiantei um ano, à conta de uma professora rigorosa e acabei, por isso, a ter exame na 4ª classe, coisa rara em gente da minha idade — e não me fez mal nenhum).

Professor do básico, não por falta de alternativa financeira mais compensadora, mas talvez por ter ainda na alma resquícios da vontade juvenil de ser frade missionário ou pelo peso de uma tradição familiar já centenária.

Mas, como diz uma pessoa que respeito muito como educadora, os professores, nem devem ser missionários, nem mercenários e, por isso, convicto de que, na linha das metáforas militares, que a selecção nacional pôs tão em voga, entenderá o que vou dizer, decidi escrever-lhe da trincheira. Director de um agrupamento de escolas, a analogia militar fará de mim talvez o capitão de uma companhia da linha da frente (no meu caso, da frente mais dura, coisa para caçadores ou comandos no exército, dada a realidade social complexa do agrupamento onde estou).”

Continua…

João Dias da Silva explica na RTP a assinatura do acordo com o MEC


Tanto investimento, só podia dar este resultado!...

O ministro da Educação desvalorizou hoje os resultados de Portugal no relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE), no qual surge como o país com maior taxa de obtenção de diplomas do ensino secundário.

PÚBLICO

«Miss Universo» fala português

A angolana Leila Lopes, de 25 anos, foi hoje eleita Miss Universo numa gala que decorreu na cidade brasileira de São Paulo.

PÚBLICO

domingo, 11 de setembro de 2011

Ministério recusa progressões

Secretário de Estado João Casanova de Almeida disse ao CM que portaria a publicar só prevê progressões após 2014. Sindicatos pensavam que era já

O acordo sobre o modelo de avaliação docente, assinado anteontem com sete de 13 sindicatos, não permitirá qualquer progressão imediata na carreira, garantiu ao CM João Casanova de Almeida, secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, contrariando a expectativa dos sindicatos.

No acordo, o Governo comprometeu-se a publicar até final do ano a portaria prevista no n.º 7 do artigo 37 do Estatuto da Carreira Docente, que nunca chegou a ser publicada pela anterior equipa ministerial, impedindo que docentes avaliados com Bom progredissem aos 5.º e 7.º escalões. Segundo Casanova de Almeida, a portaria “não terá efeitos imediatos” e vai apenas “garantir que esses professores possam progredir quando, em 2014, as carreiras forem descongeladas”.

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Correio da Manhã

Santana Castilho: «Nuno Crato não sabe o que é uma escola»

Santana Castilho, Professor Coordenador na Escola Superior de Educação de Santarém, concedeu uma entrevista ao diário Correio da Manhã, na qual exprime a sua desilusão em relação ao actual Governo, deixando implícito a impreparação de Pedro Passos Coelho e mesmo a sua falta de seriedade, particularmente naquilo que se refere à Educação.


Cumprirá Crato a promessa?

“Letivo” nuns manuais, “Lectivo” noutros?

Acordo ortográfico chega às escolas

Milhares de alunos vão começar, já este ano, a aprender uma nova ortografia do Português, mas as associações de pais estão preocupadas com o facto de o próximo ano ser “lectivo” para umas escolas e “letivo” para outras.

Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAP), indicou que no fim do primeiro período já se poderá avaliar a extensão do problema, agravado pela forte possibilidade de existirem na mesma sala de aulas livros com grafias diferentes.

Do lado dos docentes, contudo, parece não haver preocupações. “Não antevejo grandes problemas, vamos entrar numa fase de adaptação, transitória, mas da parte das escolas houve um trabalho de preparação bem feito”, refere o presidente da Associação Nacional de Professores, João Grancho.

No entanto, em declarações à agência Lusa, Albino Almeida, da CONFAP, prevê que “centenas ou milhares” de alunos façam o ano com manuais do ano passado, sem o novo acordo ortográfico. Almeida acrescentou que há autarquias que costumavam subsidiar a compra dos manuais e que agora estão a dizer “comprem-nos e nós depois reembolsamos”, mas que um investimento de centenas de euros em manuais está fora de questão para os rendimentos de muitas famílias.

Já a presidente da Associação de Professores de Português, Edviges Ferreira, admite que pode haver “algumas confusões” e que a coexistência de manuais diferentes na mesma sala de aula vai exigir alguma preparação por parte dos professores. "Tudo o que é novo Implica reflexão e estudo, e os professores vão ter que se preparar, vai ser complicado pôr toda a gente a escrever, mas não são assim tantas as alterações”, considerou. O acordo será usado em todos os livros adoptados este ano para o 1.º e 2.º anos do primeiro ciclo do Ensino Básico.

Segundo uma das principais editoras do sector do livro escolar, a Porto Editora, a assimilação da nova maneira de escrever nos manuais “está a decorrer tal como foi definido, em 2010, pelo Ministério da Educação, em articulação com a Comissão do Livro Escolar da APEL, num calendário que terminará no ano lectivo de 2014/2015”.

No 4.º ano do Ensino Básico, os manuais de Matemática já deverão ter a nova ortografia. Tal como todos os do 5.º — à excepção de Educação Física, Educação Musical e Educação Visual e Tecnológica.

Quanto ao 6.º ano, os alunos já vão aprender em livros adaptados ao novo acordo em todas as disciplinas, excepto as de Língua Portuguesa, Educação Física, Educação Musical e Educação Visual e Tecnológica.

Acordo assinado com o MEC satisfaz a FNE

“O problema das quotas fica por resolver, mas as preocupações dos professores ficaram maioritariamente consagradas no acordo obtido, disse ao PÚBLICO, João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE).”

Para saber mais:

Comunicado da FNE

Nuno Crato: «A avaliação não pode ser uma brincadeira»


Nuno Crato explica o acordo sobre ADD - TVI


sábado, 10 de setembro de 2011

Sindicatos de professores chegam a acordo com o Ministério da Educação

O Ministério da Educação e da Ciência (MEC) informou na noite desta sexta-feira que existe, “a partir de hoje, um novo modelo de avaliação de professores em Portugal”.

PÚBLICO

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

FENPROF abandona negociações com MEC

Após catorze horas e meia em reunião, a FENPROF abandonou as negociações sem ter chegado a acordo com os representantes do MEC, visto não terem sido acolhidas as ideias desta federação de docentes.

E se isto fosse uma solução para fazer subir o sucesso?

As aulas deviam começar às 10h

Investigadores apontam vantagens em começar as aulas às 10h da manhã. O problema tem que ver com o sistema hormonal dos adolescentes, que lhes empurra a vontade de dormir para cada vez mais tarde. Se têm de se levantar cedo, a falta de sono perturba-lhes o humor e a atenção. Uma escola secundária de Monkseaton, no Reino Unido, registou este Verão médias de notas de exame 20 a 30% superiores às dos anos lectivos anteriores depois de ter passado a primeira aula das 9h para as 10h.

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SÁBADO N.º 384 | 8 SETEMBRO 2011

Ministério da Educação e Ciência insiste, insiste…

O Ministério da Educação e Ciência (MEC) tenta um acordo com os sindicatos dos professores relativamente ao novo projecto de avaliação do desempenho dos docentes. Nas reuniões realizadas durante a manhã, não houve acordo entre as partes, conforme se lê no artigo do jornal PÚBLICO. Mas o MEC não desistiu e marcou novas reuniões para a tarde do dia de hoje. Segundo as informações veiculadas pelas estações de televisão nos respectivos telejornais, os sindicatos e o MEC continuam reunidos. Haverá fumo branco?

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

As novidades do ano lectivo 2011/2012

É iniciado hoje oficialmente o ano lectivo de 2011/2012, embora as escolas dos ensinos básico e secundário tenham até ao próximo dia 15 de Setembro para abrir as portas aos alunos. O jornal i online apresenta as principais novidades. A austeridade é o pretexto para as pôr em marcha...

«Novas barragens = crimes»

O JN trazia esta semana dois artigos que se interligam profundamente. Num, o Norte como região turística preferida dos portugueses, sobretudo pela natureza e paisagem. No outro, o retrato da futura barragem do Tua. Questão: é possível destruir um rio como o Tua e manter-se a ficção de que o turismo é o maior activo do país?

As barragens foram propagandeadas por Salazar como o milagre da energia barata e são hoje responsáveis por uma parte da produção de electricidade nacional, além de terem melhorado o controlo do caudal dos rios. Foi assim por todo o Mundo. Mas já se evoluiu muito desde então e hoje percebe-se melhor que elas têm um custo implícito, porque os ecossistemas vão sendo profundamente alterados e a nossa saúde paga todos os dias a factura...

Infelizmente, para a maioria das pessoas, isto é conversa. O que importa é se a conta da luz é mais barata. Começo então por aqui: o plano de barragens posto em marcha pelo Governo Sócrates inclui uma engenharia financeira tipo “scut” cujo custo só vamos sentir daqui a uns anos de forma brutal — e aí já será tarde. Uma plataforma de organizações ambientais entregou esta semana à troika um documento que explica onde nos leva o plano da outra “troika” (Sócrates-Manuel Pinho-António Mexia). As 12 obras previstas que incluem novas barragens e reforço de outras já existentes produzem apenas o equivalente a três por cento de energia eléctrica do país, mas vão custar ao Orçamento do Estado e aos consumidores 16 mil milhões de euros... O documento avisa que a conta da electricidade vai, a prazo, incluir um agravamento de 10% para suportar mais este negócio falsamente “verde”. A EDP, a Iberdrola, etc., receberão um subsídio equivalente a 30% da capacidade de produção, haja ou não água para produzir. Mesmo paradas, recebem. A troika importa-se com isto?

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