Sócrates promete novo subsídio para famílias abaixo do limiar da pobreza
18.07.2009 - 19h36 Lusa
O secretário-geral do PS, José Sócrates, revelou hoje que o programa eleitoral do PS vai incluir um novo subsídio para as famílias abaixo do limiar da pobreza e o reforço da rede de cuidados continuados.
No encerramento do Fórum Novas Fronteiras 2009-2013 sobre políticas sociais, no Porto, José Sócrates referiu que a nova prestação social irá beneficiar os casais que trabalham e têm filhos, mas cujo rendimento per capita do agregado familiar é inferior ao limiar da pobreza.
O líder socialista assumiu também o compromisso de continuar a combater as desigualdades sociais, aumentar o salário mínimo nacional e reforçar a relação com as instituições particulares de solidariedade social, nomeadamente no alargamento da rede de cuidados continuados.
“A escolha nas próximas eleições é entre aqueles que querem um Estado mínimo e aqueles, como o PS, que querem um Estado social”, afirmou José Sócrates, salientando que os socialistas têm “orgulho” no que fizeram nesta legislatura.
O secretário-geral do PS acusou a direita de querer que o Estado “recue na educação” e que os portugueses “paguem duas vezes” pelos serviços de saúde. “Não aprenderam nada com esta última crise mundial”, frisou, elogiando os resultados obtidos pelo Governo no combate à pobreza e às desigualdades sociais. “Cada vez que o PS passa pelo Governo, reduz-se a pobreza e as desigualdades sociais”, salientou, recordando os números recentemente revelados sobre a matéria.
Sócrates destacou como “cinco marcas” que a política social do Governo deixou nesta legislatura a criação do complemento social para idosos e do abono pré-natal e os aumentos do salário mínimo nacional, do abono de família e da acção social escolar. “Claro está que estas prestações só se aplicam a quem precisa. Não é para quem não precisa”, afirmou, realçando que tem de ser o Estado a ajudar os mais necessitados, porque “o mercado não tem resposta para estas situações”.
O líder socialista destacou também a aposta no reforço das qualificações dos portugueses, reafirmando que o alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12.º ano será feito com a atribuição de uma bolsa às famílias dos alunos do Ensino Secundário.
José Sócrates salientou que, no caso das famílias mais carenciadas, o valor da bolsa será “muito semelhante àquele que o jovem teria se estivesse a trabalhar”. O secretário-geral do PS elogiou também a “coragem” e “esforço” dos “900 mil portugueses” que estão inscritos no programa Novas Oportunidades. “Não há maior sinal de esperança para um país do que este. Nunca nenhum país teve êxito económico sem elevar as suas qualificações”, frisou.
Fonte: PÚBLICO
Comentário:
Ajudar aqueles que têm mais dificuldades é uma atitude louvável, mas brincar com as suas expectativas é condenável.
Se o número de pobres baixou nesta legislatura, conforme apregoa o Governo, o que eu duvido, como se justifica a atribuição de um novo subsídio?
Até às próximas eleições iremos assistir a este espectáculo deprimente. José Sócrates já interiorizou que perdeu o estado de graça e que a sua vitória é uma miragem… Por isso usa todos os trunfos para, num último fôlego, tentar evitar a derrota.
Enveredar pelo caminho das promessas é a alternativa que lhe sobra. Resta saber se isso terá algum impacto no eleitorado. Lá diz o povo: «De boas intenções está o Inferno cheio.»
Nenhum comentário:
Postar um comentário