sexta-feira, 3 de julho de 2009

«Nós não precisamos de rupturas, de destruir. Nós precisamos é de construir»

Presidente do PSD prometeu “rasgar” reformas do Governo

Ministra da Educação preocupada com "clima de ódio desajustado" de Ferreira Leite

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, afirmou hoje estar muito preocupada com o “clima de ódio desajustado” da líder do PSD em relação às políticas educativas do Governo.

Maria de Lurdes Rodrigues reagia assim à promessa de Manuela Ferreira Leite de mudar os estatutos do aluno e da carreira docente, de alterar o sistema de avaliação dos professores e de aliviar a carga burocrática a que estes estão sujeitos caso vença as eleições legislativas.

“Preocupa-me muito o clima de ódio desajustado. O sistema educativo precisa de estabilidade, de continuidade e foi essa orientação que procurei imprimir ao longo de quatro anos”, afirmou a ministra da Educação, à margem das jornadas sobre a autonomia das escolas públicas, a decorrer no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Manuela Ferreira Leite afirmou quinta-feira que as quatro medidas mencionadas estão “a paralisar o sistema, estão a torná-lo inviável, desmotivador da acção dos professores”. Em resposta, Maria de Lurdes Rodrigues disse que ouviu com “preocupação” estas críticas, porque procurou sempre ter “um mandato de construção e não de destruição”.

“Fico um pouco perplexa por vezes com o que ouço e gostava sobretudo de ouvir um pronunciamento claro sobre as medidas de política educativa que foram lançadas por este Governo”, frisou, questionando se o PSD vai acabar com a escola a tempo inteiro, o Inglês no primeiro ciclo ou o programa Novas Oportunidades.

A ministra reiterou que procurou nunca fazer política, destruindo aquilo que os seus antecessores tinham feito. “Pelo contrário, fui dando passos em cima daquilo que era construção e o contributo dos outros governos na área do Ministério da Educação”, sustentou.

“Precisamos de ter um trabalho persistente, diligente, nós não precisamos de rupturas, de destruir. Nós precisamos é de construir”, rematou.

Fonte: PÚBLICO

Comentário:

A filosofia é óptima. Pena é que não tenha sido praticada! E o caso torna-se ainda mais grave quando a “dona” da política educativa, embora sendo socióloga, fez tudo à sua maneira, de modo arrogante, prepotente, sem ouvir quem tinha obrigação de ouvir, como se se sentisse investida de um poder divino…

Semeou ventos, agora chega o momento da colheita!…

Por mim, pode desaparecer para sempre. Não me deixa saudades nenhumas!

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