O álcool é considerado a mais perigosa das drogas, à frente mesmo das chamadas “drogas duras” como a heroína, o crack e a cocaína, numa avaliação ontem publicada na prestigiada revista médica “The Lancet” —que calcula de forma combinada os danos individuais e sociais.
Mas em Portugal, apesar dos sucessivos planos de combate, os jovens começam a consumir álcool muito cedo.
Confrontado com os resultados do ranking elaborado pelo Comité Científico Independente sobre as Drogas do Reino Unido, o ex-director do Centro de Alcoologia de Lisboa Domingos Neto não se mostra minimamente surpreendido. “O álcool é muito mais perigoso do que se imagina”, comenta o psiquiatra. É responsável por “cerca de 40 doenças, além de muita violência, conflitos e perturbação da ordem pública”, enumera. Ainda assim, “há imensas forças a favor do consumo dos jovens”, um “lobby fortíssimo que protege as bebidas alcoólicas”.
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► PÚBLICO
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