É mais uma tentativa para acabar com as lixeiras clandestinas na região duriense. O projecto “Valor Douro” foi apresentado, ontem, em Carrazeda de Ansiães. Abrange sete concelhos e representa um investimento de cerca de um milhão de euros.
A sua execução está a cargo da empresa intermunicipal Resíduos do Nordeste, nos concelhos de Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Miranda do Douro, Mogadouro, Torre de Moncorvo, Vila Flor e Vila Nova de Foz Côa. Durante dois anos vão ser “corrigidas intrusões e disfunções paisagísticas, autênticas manchas na paisagem excepcional do vale do Douro”, explicou o director da empresa, Paulo Praça.
Para além dos depósitos de todo o tipo de resíduos sólidos, o “Valor Douro” também vai remover e desmantelar embarcações e veículos abandonados, bem como requalificar zonas ribeirinhas. Os resíduos da construção e demolição são, no entanto, os mais preocupantes, porque “geralmente são depositados todos misturados, como tijolos, betão, plásticos, vidros, entre outros”, notou Paulo Praça.
No futuro deverão ser criados sítios para que os empreiteiros possam livrar-se deles, porém, o director da Resíduos do Nordeste avisa que “se estiverem dispostos a separá-los, podem colocá-los em ecocentros e aterros sanitários”.
O chefe da Estrutura de Missão do Douro, Ricardo Magalhães acredita neste projecto, desenvolvido por quem sabe, mas espera que também seja possível “mudar comportamentos cívicos”, defendendo o desenvolvimento de acções de sensibilização ambiental.
Segundo o vogal executivo da Comissão Directiva do ON.2, Mário Rui Silva, “há um projecto de valor semelhante, também já aprovado, para fazer o mesmo noutros concelhos do Douro. Entende-os como “pontapés de saída para que a sociedade perceba que todos têm a ganhar com um ambiente sem lixeiras clandestinas”. “O Douro só será uma região encantada e maravilhosa se a mantivermos limpa”, sublinhou o autarca anfitrião, José Luís Correia.
Eduardo Pinto
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