“Diria que é agora o momento de elevar o rating de Portugal, por todas as medidas que o país já tomou”, afirmou Jacques Larosière, que foi director-geral do FMI numa das alturas em que Portugal teve de recorrer à ajuda do Fundo.
“É o sentimento do mercado que é difícil de perceber”, disse Larosière, numa alusão a que as taxas de juro da dívida pública cobradas a Portugal são demasiado elevadas. “Em algum momento, os actos vão contar mais do que as palavras e vão impressionar os mercados, sobretudo se houver mais profissionalismo da parte das agências de rating”, acrescentou o ex-presidente do banco central francês.
Recorde-se que, neste momento, a Standard & Poor’s tem um “rating” de ‘A-’ para a dívida soberana portuguesa, a Moody’s tem ‘A1’ e a Fitch ‘AA-’.
Larosière, que é considerado o pai da reforma da arquitectura financeira da Europa, tinha já dito esta manhã — à margem da quarta conferência BPI Pensões, dedicada ao tema da actividade financeira e do novo modelo de supervisão — que considera que Portugal não terá de recorrer à ajuda do Fundo Monetário Internacional.
Na sua opinião, as medidas que foram tomadas são correctas e seriam semelhantes caso fosse o FMI a tomá-las. Quando questionado se seria diferente uma intervenção do Fundo, Larosière respondeu: “Não tenho a certeza que o fosse”.
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