terça-feira, 23 de novembro de 2010

A gargalhada de desprezo da ministra

Extinção das direcções regionais

Ministra responde com gargalhada a propostas da Fenprof

22.11.2010 — 18:27 Por Lusa

A ministra da Educação, Isabel Alçada, respondeu hoje com uma gargalhada à proposta de extinção das direcções regionais de Educação apresentada pelo secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof) e defendeu que uma eventual reestruturação deverá partir do ministério.

Quem gere o Ministério da Educação são os responsáveis do Ministério da Educação. As propostas de reestruturação partirão da tutela”, disse.

A ministra da Educação, que falava aos jornalistas depois de inaugurar o edifício norte do Campus da Escola Técnica Profissional da Moita, mostrou-se surpreendida com a proposta da Fenprof.

Ainda não tinha ouvido [a proposta de extinção das direcções regionais], mas, francamente, não me parece que seja a entidade competente nessa área”, acrescentou Isabel Alçada.

A proposta de extinção das direcções regionais de Educação foi hoje apresentada pelo secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, no final de uma reunião com o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, a quem foi apresentar as suas preocupações sobre o Orçamento do Estado para 2011 e as consequências que poderá ter no funcionamento das escolas.

O dirigente da FENPROF defendeu que “há opções que devem ser tomadas”, entre as quais a extinção das cinco direcções regionais de Educação do país, “estruturas descentradas do Ministério da Educação”, que considera servirem apenas para “complicar a vida às escolas e não terem resposta para nada”.

Ninguém fez contas de quanto se pouparia se as direcções regionais de Educação fossem encerradas e se as escolas no âmbito das suas competências tivessem um relacionamento directo com a direcção-geral. Ninguém fez contas porque há gente acomodada, encostada, que convém por ali ficar”, afirmou.

Mário Nogueira acusou ainda o Governo de “atentar contra as escolas e cortar com o que é mínimo e básico”, à custa de salvaguardar “estas situações onde estão os protegidos do regime”.

PÚBLICO

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