segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A competição e o mérito nas práticas educativas

De acordo com alguns autores, a racionalidade instrumental, tecnocrática, tem sustentado a competição como uma componente educativa pela confusão fomentada entre progresso e eficiência, circunstância para se eliminarem discursos do âmbito do poder, da política e dos valores, corroborando a natural superioridade de uns sobre os outros e, consequentemente, permitindo que se estabeleça a competição entre indivíduos e grupos, reproduzindo a disposição dos mercados, como algo a preservar e a exaltar. Os quadros de honra, classificações, testes de inteligência, diagnósticos psíquico/pedagógicos são alguns dos exemplos que permitem seleccionar e legitimar a exploração e as desigualdades sociais. Tudo se faz em prol da imagem representativa do mercado que o aluno deve assimilar e que, posteriormente, servirá como sua referência para determinar o seu ‘preço’ no mercado de trabalho (Oliveira, 1995: 136).

Fonte

Nenhum comentário: