Parlamento aprova cortes nos salários dos assessores ministeriais
16.07.2010 - 12:17 Por Sofia Rodrigues
A redução de cinco por cento no vencimento dos membros dos gabinetes dos ministros, dos presidentes e vereadores de câmaras municipais e dos governadores civis, proposta pelo CDS-PP, foi hoje aprovada na generalidade, com o voto contra do PS. Os socialistas argumentam que os cortes não abrangeram a Presidência da República nem os grupos parlamentares.
A proposta foi aprovada com os votos a favor do PSD, BE e PCP e o voto contra do PS. Na bancada socialista, registaram-se pelo menos oito declarações de voto.
A deputada centrista Assunção Cristas reconheceu que “a medida de corte no salário dos políticos é mais simbólica do que proveitosa para a consolidação orçamental”, mas “deixar de fora o staff político desses cargos é passar uma mensagem errada”. “São ambos de nomeação política e co-adjuvantes da acção política”, justificou.
O argumento foi partilhado por PSD, BE e PCP. Pelo PS, o deputado Vítor Baptista considerou que a medida não é justa. “Entendemos que nos cargos políticos deve haver um sinal, mas em muitos gabinetes as pessoas são requisitadas e administrativos”, disse o deputado socialista, questionando qual a razão de o CDS ter deixado de fora das reduções salariais a Presidência da República e os gabinetes parlamentares bem como as Regiões Autónomas.
Em resposta, Assunção Cristas mostrou disponibilidade do CDS para discutir a abrangência dos cortes no debate na especialidade, lembrando no entanto que a Presidência da República já anunciou cortes no seu orçamento.
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