Já escrevi noutro post que Professores e outros elementos da comunidade educativa de quatro Agrupamentos do distrito de Braga (Arco, concelho de Cabeceiras de Basto, Gandarela e Mota, concelho de Celorico de Basto, e Oeste da Colina, concelho de Braga) se concentraram hoje, pouco depois das 15 horas, e marcharam até à DREN, com elementos da Polícia de Segurança Pública à frente. Logo atrás seguiam os elementos do Agrupamento de Escolas do Arco, com os bombos a chamar a atenção dos transeuntes que paravam a ver passar os manifestantes e de lojistas que assomavam à porta para o mesmo fim. A marcha prosseguiu sem qualquer problema até às imediações da DREN, havendo uma barreira metálica a impedir o prosseguimento da marcha. Durante a marcha foram gritadas palavras de ordem, nomeadamente contra a política do Governo e a fusão de agrupamentos. Ali chegados, houve o contacto com os representantes das escolas, para que uma delegação fosse recebida pelo Director Regional de Educação do Norte. No caso do Agrupamento de Escolas do Arco, coube essa tarefa ao Presidente da Associação de Pais, António Carvalho. A reunião decorreu durante mais de duas horas, durante as quais os manifestantes foram gritando algumas palavras de ordem. Quando a reunião terminou, havia alguma expectativa à volta do que teria sido decidido, sendo as dúvidas logo desvanecidas: o Director da DREN diz que não verga. Mas admite que pode quebrar? É que posto perante o facto de a fusão avançar mesmo e os pais voltarem lá a manifestar-se quando começarem a verificar-se problemas nas fusões, António Leite, admitiu que os receberia com todo o gosto e deixou uma frase enigmática: “Se eu ainda cá estiver…”
António Leite foi respondendo às dúvidas dos intervenientes, mas acabou por ficar sem argumentos para responder a algumas questões, pois concluiu-se que a DREN foi decidindo as fusões a efectuar e só depois criou os critérios que sustentavam a sua decisão. Ora aqui é que não bate a bota com a perdigota. Em casos idênticos, são utilizados critérios diferentes…
Lembrou exemplos de fusões realizadas e de outras que não foram realizadas, dando o exemplo de uma fusão que não foi concretizada, porque as pessoas que estavam à frente dos respectivos agrupamentos de escolas recusaram o convite… Mas as suas explicações não foram convincentes. É que alguns dos participantes sabem mais do que aquele responsável pela Educação do Norte julga. Estranho é o facto de estas fusões afectarem sobretudo a região de Basto. Mais estranho ainda é o facto de em Fafe e Guimarães não ter havido nenhuma fusão, quando ali existem vários agrupamentos…
No que se refere aos Agrupamentos de Refojos e do Arco, do concelho de Cabeceiras de Basto, cuja fusão foi já comunicada, tendo entretanto sido anunciada a CAP (Comissão Administrativa Provisória), O Director Regional foi questionado se não seria mais conveniente só avançar no próximo ano, pelo facto de estar a ser construída uma escola nova em Refojos, tendo respondido que isso se devia ao facto de esta escola poder cumprir a escolaridade obrigatória agora alargada para 12 anos. Um argumento que cai pela base, pois a escola que será a sede do novo agrupamento não possui actualmente ensino secundário regular.
Depois desta manifestação, vim com a convicção de que é ainda possível haver uma reviravolta neste processo, se a Câmara Municipal de Celorico de Basto continuar a recusar a fusão dos agrupamentos daquele concelho. Sabe-se que a fusão dos de Cabeceiras de Basto foi decidida à ultima da hora, para “facilitar” os de Celorico. Ironicamente Celorico de Basto poderá travar o reagrupamento já este ano. E se isso acontecer?...
Esperemos para ver!
Um comentário:
Oxalá tenhas razão!
Abraço (à distância, mas próximo).
JJC
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