segunda-feira, 12 de julho de 2010

FNE rejeita “a redução do défice a todo o custo”

Se a crise que vivemos pode justificar várias opções por parte do Governo, não é aceitável e antes se rejeita que elas se limitem a uma perspectiva que endeusa a redução do défice a todo o custo, mesmo que seja à custa do futuro, ou seja, pondo em causa a qualidade da Educação.
A FNE considera que unidades organizacionais excessivamente grandes não favorecem a qualidade do trabalho pedagógico, pondo-o mesmo em causa.

Aliás, estudos internacionais (vd. Estudo Mackinsey, 2002, com o título “Small Schools, Big Lessons”) revelam que a qualidade do trabalho pedagógico é maior em escolas de mais reduzida dimensão e o sucesso dos alunos aumenta também por efeito dessa menor dimensão das unidades organizacionais. Deste modo cremos que à opção do ME pela constituição de mega agrupamentos falta fundamentação sustentada em estudos/investigação. Sublinha-se particularmente que as estruturas de coordenação pedagógica actualmente previstas na legislação — e consideradas como mínimas para a regulação do trabalho pedagógico desenvolvido nas escolas — serão completamente ineficazes perante números enormes de docentes que vão ter de acompanhar e apoiar. Deste modo, o trabalho de equipa, o trabalho de coordenação e a harmonização de critérios de intervenção pedagógica não só não serão possíveis como, se tentados, se limitarão a mínimos que em tudo se opõe aos elevados níveis de exigência que se espera do trabalho que as escolas devem desenvolver.

Fonte: FNE

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