Fenprof dá “não satisfaz” ao Ministério da Educação
15.07.2010 - 20:51 Por Lusa
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) avaliou hoje com um “não satisfaz” o trabalho desenvolvido pelo Ministério da Educação durante o último ano lectivo, criticando a equipa de Isabel Alçada por não ter trazido “nada de novo”.
“Se tivéssemos de dar, dentro daquilo que é a avaliação de desempenho dos professores, neste momento, uma menção, daríamos claramente um ‘não satisfaz’”, disse o secretário-geral da estrutura sindical, em conferência de imprensa, no final da reunião de dois dias do conselho nacional da Frenprof.
Nas palavras de Mário Nogueira, “depois de um primeiro momento de alívio”, verificou-se que a actual equipa ministerial “não trouxe nada de novo”. “Limitou-se a prosseguir políticas anteriores e a seguir ordens de cima. Esta equipa não vai ser mais do que uma equipa de secretariado do Conselho de Ministros”, criticou.
Mário Nogueira disse que, no entanto, a Fenprof continuará a trabalhar para corrigir os erros da tutela. “Como este é o primeiro, nós daremos o apoio acrescido ao Ministério da Educação através de propostas que vão precisamente no sentido de inverter este rumo que tem tido a Educação”, acrescentou Mário Nogueira.
O líder da Fenprof destacou que o acordo de princípios assinado em Janeiro entre sindicatos e Governo é “o resultado mais importante da luta de professores”. “Foi a única parte positiva desta legislatura”, sublinhou, justificando que acabou com a divisão da carreira entre professores e professores titulares e permitiu a publicação do novo Estatuto da Carreira Docente (ECD).
Lembrou também que a maioria dos professores foi dispensada da prova de ingresso na profissão: “Ainda não foi revogada, mas vamos continuar a lutar para que assim seja”, garantiu.
Mesmo com a actual equipa do Ministério da Educação a receber avaliação negativa, Mário Nogueira não olha para o Partido Social Democrata (PSD) como uma alternativa.
“Quando alguém diz que há dois aspectos que considera importantes para a Educação, um deles acabar com o ensino gratuito, o outro introduzir na Constituição o tal princípio da liberdade de escolha entre o público e o privado, não nos parece que essa seja a alternativa”, sublinhou.
Mário Nogueira disse que a Fenprof está preocupada com o início do próximo ano lectivo e apresentou a agenda de trabalho da estrutura sindical, que inclui uma acção de rua a 1 de Setembro, para apresentar um “guia de sobrevivência” dos professores contratados.
Por outro lado, tem também programado assinalar o Dia Mundial dos Professores, em Outubro, bem como promover um seminário internacional sobre a escola pública e um plenário nacional de professores.
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