sexta-feira, 3 de setembro de 2010

«Sida: Investigadores conseguem destruir células infectadas»

Investigadores israelitas anunciaram ter conseguido destruir em laboratório células infetadas pelo vírus da sida sem prejudicar células sãs, noticia hoje o diário Haaretz.

Os investigadores da Universidade hebraica de Jerusalém precisaram ter conseguido desenvolver um tratamento à base de péptidos (composto químico formado pela união de aminoácidos) que desencadeiam a autodestruição de células infetadas pelo vírus da imunodeficiência humana.

Até agora, as únicas terapias contra a sida visam destruir o vírus presente nas células, com risco de este voltar a aumentar se o tratamento for interrompido ou se o vírus desenvolver imunidade aos fármacos usados.

O investigador australiano Abraham Loyter explicou ao Haaretz que ao fim de duas semanas, as células visadas não tinham reaparecido, “de onde se pode concluir que foram destruídas”.

Num artigo publicado a 19 de agosto pela revista britânica AIDS Research and Therapy, a equipa israelita – constituída por Aviad Levin, Zvi Hayouka, Assaf Friedler e Abraham Loyter – estimava que o seu trabalho pudesse “eventualmente permitir desenvolver uma nova terapia” contra o VIH.

Em julho, investigadores norte-americanos anunciaram ter descoberto dois potentes anticorpos capazes de bloquear, em laboratório, a maioria das origens conhecidas do VIH, tornando potencialmente possível o desenvolvimento de uma vacina eficaz.

Mais de um quarto de século depois da identificação do vírus, o VIH é responsável por mais de 30 milhões de mortos.

Diário Digital / Lusa

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