Perto de 30 professores contratados e desempregados recorreram hoje, segunda-feira, ao final da tarde às barulhentas vuvuzelas para 'torturar' os ouvidos da ministra da Educação, durante um protesto contra a precariedade a que afirmam estar sujeitos todos os anos.
À porta do Ministério da Educação, na avenida 05 de Outubro, em Lisboa, os docentes foram-se juntando pouco depois das 18:00, numa manifestação convocada pelo movimento 3Rs — Renovar, Refundar e Rejuvenescer.
Ordeiramente, colocaram-se no ‘recinto’ disponibilizado pela PSP e ficaram minutos consecutivos a soprar nas vuvuzelas, imortalizadas pelo último Mundial de Futebol, na África do Sul.
“Basta de desemprego, basta de precariedade”, lia-se num cartaz colocado nas grades da polícia. “Não ao roubo nas reformas e nos estrangulamentos na carreira” e “vinculação dos contratados” eram algumas frases coladas às vuvuzelas.
“Todos os anos são contratados dez mil professores para horários completos. Porque é que não entram para os quadros de escola e ficam efetivos?”, questionava Miguel Dias, de 31 anos, “normalmente” desempregado a partir de 01 de Setembro.
Recusa-se a dar aulas nas actividades de enriquecimento curricular, que afirma serem uma “exploração”, e, por isso, resta-lhe apenas esperar por uma oportunidade através da bolsa de recrutamento.
“Esta qualidade de ensino que a ministra fala não existe, tanto para alunos como para professores”, acusou.
Continua…
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