Ministra diz que ensino recorrente tem vindo a desaparecer gradual e naturalmente
07.09.2010 — 14:17 Por Lusa
A ministra da Educação afirmou hoje não haver qualquer diploma de extinção do ensino recorrente, mas que a procura tem diminuído ao ponto de haver casos em que o número de alunos não é suficiente para formar uma turma.
Isabel Alçada respondia aos jornalistas à margem de uma cerimónia, em Lisboa, sobre queixas de alguns alunos deste tipo de ensino procurado por adultos, que têm sido aconselhados a procurar outra via, nomeadamente através do programa “Novas Oportunidades”.
“O ensino recorrente é uma modalidade que tem vindo a desaparecer naturalmente porque já vem de longa data e não se articulava com a vida de uma pessoa que trabalha”, disse a ministra. “O que acontecia muitas vezes é que as pessoas inscreviam-se, iam desistindo e a taxa de conclusão é muito, muito pequena e gradualmente tem vindo a desaparecer”, afirmou a governante, garantindo não haver uma determinação, uma lei, a extinguir o ensino recorrente.
A ministra admitiu que este tipo de ensino pode ainda manter-se em algumas escolas, embora seja necessário ajustar a oferta à procura.
“Temos também de ter um certo equilíbrio e optimização de recursos e nesse sentido as pessoas estão a ser aconselhadas — quando não é possível abrir uma turma porque não há alunos em número suficiente — a optarem por outras formas de realizar o ensino secundário e têm sido formas que têm tido resultados muito positivos”, disse.
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