É uma tendência que não pára de crescer nos EUA: escolas públicas que, em vez de serem dirigidas por um director, são geridas por uma comissão de professores eleitos pelos professores. Nessas escolas, os professores que dirigem nunca deixam de leccionar pelo menos uma turma. No fundo, é a aplicação do modelo de gestão que Portugal teve entre 1975 e 1980. O modelo do conselho directivo eleito pelos professores.
Esta tendência cresce sobretudo em escolas de pequena dimensão em grandes cidades como NYC, Boston e Los Angeles. É uma experiência que está a ser acarinhada pelas autoridades escolares que vêem nela uma forma de aumentar a motivação e o empenhamento profissional dos professores.
Em vez de se limitarem a dizer mal, é dada oportunidade aos professores para dirigirem, de forma autónoma, as escolas. Os resultados são avaliados todos os anos. Se os resultados dos alunos melhorarem nos exames, a experiência continua. Se não há melhoria de resultados, regressa-se ao modelo dos directores nomeados pelo School Board.
Há muitos anos que defendo este modelo para Portugal. Comecei a leccionar em 1974 e fui eleito para um conselho directivo em 1977. Nunca deixei de dar aulas. Foi uma experiência muito enriquecedora. A motivação dos professores era muito elevada. Todos os órgãos e cargos eram eleitos. A escola funcionava em regime de democracia directa. Havia entusiasmo, democracia, responsabilidade, participação e envolvimento de todos no processo de tomada de decisões. Exactamente o contrário do que existe agora na maioria das escolas públicas.
Fonte: ProfBlog
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