Escola de Valpaços passa de modelo a dispensável
Margarida Luzio
A escola Secundária de Valpaços é mais que uma escola. É uma casa. Uma casa grande. Para 600 alunos. Nas janelas não há estores, há cortinas de cor. Nos halls, há espelhos com mesinhas por baixo; há candeeiros, há candelabros, há quadros por todo o lado; no refeitório, há um louceiro e as mesas são redondas.
Só os laboratórios e as salas das aulas de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) são como nas restantes escolas.
Nas paredes das salas de aula e nas das casas-de-banho não há um único risco e nos muros exteriores não há grafitis.
É uma espécie de humanização levada ao limite. É assim para que todos “sintam” a escola”; Para que, sobretudo, ao alunos das aldeias, que passam ali muito tempo, se sintam em casa.
Há cerca de dois anos, quando foi inaugurado um novo pavilhão, impressionado com o que via, o então secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, em plena visita, ao estabelecimento, pegou no telemóvel, ligou à ministra e, perante toda a comitiva, disse-lhe que devia visitar aquela escola.
Dia 1 de Agosto, a Escola Secundária de Valpaços (ESV) vai ser extinta, vai integrar o Agrupamento de Escolas de Valpaços, que agrupará todas as escolas do concelho.
A comunidade escolar não se conforma. Não sentem que vão apenas perder a escola. Sentem que vão perder uma casa.
Fonte: Jornal de Notícias
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