Em ano de eleições, até um ovo de pardal pode parecer um de avestruz...

José Sócrates anuncia “o princípio do fim da crise”

O primeiro-ministro disse que os dados divulgados hoje “confirmam as projecções do Governo e põem de lado projecções mais catastróficas”, salientando o facto de Portugal ser “um dos primeiros países a sair da situação de recessão”, juntamente com Alemanha, França, Grécia e Eslováquia.

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Comentário:

José Sócrates pôde anunciar “o princípio do fim da crise”, mas não pode decretar o “oásis”, porque vai demorar muito tempo até o nosso País conseguir reparar os estragos que foram sendo provocados pelo vendaval da crise. Para quem prometia 150 000 empregos no início do seu mandato, convenhamos que não se afastou muito das suas previsões… Só que foi tudo ao contrário!...

Fernando Augusto Morais, presidente da Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas e Coordenador da Comissão Europeia para o sector fez, no semanário “O Diabo” do passado dia 11, um retrato implacável do estado da Economia portuguesa: Desde que Sócrates tomou posse, 60 mil empresários em nome individual encerraram a actividade, 40 mil micro-empresários e sociedades unipessoais saíram do mercado, 10 mil pequenos empresários declararam cessação de actividade e, destes, 7 mil dissolveram notarialmente as sociedades comerciais. Ao todo, perdemos nos últimos anos mais de 200 mil empresas.