segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Primeiro-ministro defende mais investimento público

Sócrates satisfeito por Portugal ter sido um dos primeiros países a "sair da recessão técnica"

17.08.2009 - 18h26 Lusa

O primeiro-ministro José Sócrates reconheceu hoje, em Amarante, “que ainda não é o fim da crise”, mas salientou que foram os investimentos públicos que tiraram o país da recessão técnica.

“O que se exige do Estado é que combata a crise e fizemos já alguma coisa por isso. Foi essa a razão que levou [o país] a sair da recessão técnica no segundo trimestre”, afirmou o primeiro-ministro. “Não é o fim da crise, não. Estamos longe disso, é certo, mas foi um primeiro sinal, como um dos países que mais rapidamente saiu da condição de recessão técnica em que tínhamos mergulhado há nove meses”, acrescentou.

José Sócrates falava na cerimónia de lançamento do novo hospital de Amarante, uma unidade de proximidade, vocacionada para cirurgia de ambulatório, orçada em 40 milhões de euros.

Segundo o primeiro-ministro, o hospital de Amarante é um dos seis que estão em construção em Portugal, representando “um esforço de investimento na área da saúde que não tem precedentes nas últimas décadas ao nível da melhoria dos serviços hospitalares”.

Além de Amarante, estão a ser construídos os hospitais de Cascais, Braga, Guarda, Pediátrico de Coimbra e Lamego, e o primeiro-ministro garantiu hoje “que a estes seis somar-se-ão, até ao fim do ano, as decisões de construir os de Loures, Vila Franca de Xira, o novo hospital do Algarve e também o hospital de Todos-os-Santos, em Lisboa”.

Além do investimento público, Sócrates defendeu também as reformas estruturais no sector, lembrando que a concentração de recursos, técnicos e humanos (caso dos encerramentos dos blocos de partos), permite o cumprimento de regras técnicas e uma prática clínica “que esteja à altura do tempo”.

O primeiro-ministro lembrou mesmo a contestação que se registou no país quando uma antiga ministra da Saúde [Leonor Beleza, que não citou explicitamente] decidiu encerrar 150 blocos de partos, fazendo uma analogia com os protestos ocorridos no mandato do ex-ministro Correia de Campos, que conduziram à sua saída do Governo.

José Sócrates, que esteve acompanhado pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, afirmou “que é no Serviço Nacional de Saúde que nós encontramos reflectidos aqueles que são os ideais mais generosos e mais nobres das sociedades desenvolvidas e das sociedades democráticas”.

Assinalou ainda que o índice de mortalidade infantil em Portugal ― 3, 2 mortes de crianças até um ano em cada mil nascimentos ― “é um dos melhores números do mundo desenvolvido”. “É um grande prazer para qualquer um de nós e para qualquer europeu ver hoje que os que não têm serviço nacional de saúde, afinal de contas, agora lutam para também o terem”, disse.

“Compreende-se bem a ambição do presidente Obama em querer construir um serviço nacional de saúde nos Estados Unidos, porque realmente ter tantos excluídos no acesso à saúde não é próprio dos países civilizados”, acrescentou.

Perante o investimento hoje apresentado, o presidente da câmara de Amarante, Armindo Abreu, disse sentir-se lisonjeado por ter sido assobiado em 2006, durante uma manifestação contra o encerramento da maternidade local.

Por seu lado, o presidente do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, José Alberto Marques, garantiu que o novo estabelecimento de saúde abrirá ao público no início do segundo semestre de 2011.

Fonte: PÚBLICO

Comentário:

Veja-se como foi fácil o Governo resolver a crise: atirou dinheiro para cima dela e escondeu-a…

Agora diz que foram os investimentos públicos que tiraram o País da recessão técnica. Francamente! Este homem não tem um pingo de vergonha!...

Antes das eleições, tudo funciona bem e as contas estarão em ordem. A seguir às eleições, a verdade virá à tona.

Adivinhe o leitor quem pagará a factura!... Os mesmos de sempre: os contribuintes que pagam regular e atempadamente os impostos…

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