domingo, 30 de agosto de 2009

As duas mundivisões em confronto, segundo Sócrates


Sócrates diz que portugueses vão escolher entre modernidade ou uma mundivisão retrógrada

29.08.2009 - 21h07 Lusa, PÚBLICO

O secretário-geral do PS, José Sócrates, afirmou hoje que nas próximas eleições legislativas estará em jogo uma escolha entre duas mundivisões, entre o progresso e a modernidade dos socialistas, e outra retrógrada e conservadora.

O secretário-geral do PS, José Sócrates, afirmou hoje que nas próximas eleições legislativas estará em jogo uma escolha entre duas mundivisões, entre o progresso e a modernidade dos socialistas, e outra retrógrada e conservadora.

José Sócrates falava no comício de “rentrée” do PS, na Praia de Santa Cruz, concelho de Torres Vedras, que assinalou também o encerramento do Campus da JS, que juntou cerca de um milhar de jovens desde quinta-feira à noite.

Como é habitual nas suas intervenções, José Sócrates nunca se referiu directamente à líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, mas advertiu que a 27 de Setembro “uma das principais escolhas será entre duas mundivisões”.

“Há duas formas de olhar para a sociedade e para o futuro. Aqui, neste partido, neste Governo, ninguém acredita que o casamento deve servir apenas para a procriação; aqui ninguém acredita que é preciso uma lei do divórcio que o dificulte, porque aqui acredita-se na liberdade e na tolerância”, declarou, perante uma plateia de jovens.

No mesmo capítulo da sua intervenção, o líder socialista reivindicou para o PS a defesa de uma sociedade aberta e tolerante.

“Aqui, no PS, ninguém se lembraria de dizer que as obras públicas é para dar emprego a cabo-verdianos ou ucranianos. Essa mundivisão não tem lugar nem no PS nem num país progressista e moderno como queremos para Portugal”, afirmou, em nova referência implícita a Manuela Ferreira Leite.

Segundo Sócrates, o PS apresenta-se às eleições como protagonista “de uma visão moderna do país”.

“Estamos aqui para lutar contra uma visão passadista, uma visão retrógrada, conservadora, que não está à altura dos tempos. Este é o tempo de lutarmos por um país de progresso, de futuro, europeu e à altura do seu tempo, com abertura, tolerância e vontade de vencer”, acrescentou.

José Sócrates terminou o seu discurso a agradecer aos músicos que tinham participado na festa da juventude, com especial destaque para Zé Pedro dos Xutos e Pontapés. Esta banda tem uma música (Sem Eira nem Beira) que foi apadrinhada por sindicalistas e insatisfeitos com as políticas do Governo como um hino contra o primeiro-ministro. Sócrates, porém, optou por citar a letra de outra música dos Xutos, Aqui há Luar. “Aqui ao luar, ao pé de ti, ao pé do mar”, citou o líder socialista.

O comício de “rentrée” do PS foi aberto pelo presidente da Câmara de Torres Vedras, Carlos Miguel, seguindo-se intervenções do líder da JS, Duarte Cordeiro, e da mandatária para a Juventude do PS, Carolina Patrocínio.

Nenhum comentário: