segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Disney alarga império

O Homem-Aranha é um dos heróis da Marvel.

Disney anuncia a compra da Marvel por US$ 4 bilhões

Editora de quadrinhos tem super-heróis como Homem-Aranha e X-Men.
'A Disney é o lar perfeito para os personagens da Marvel', diz diretor.

A Walt Disney Co. anunciou nesta segunda-feira (31) que fechou um acordo para comprar a Marvel Entertainment Inc. em troca de pagamento em dinheiro e ações no valor de US$ 4 bilhões. A Marvel é a editora de quadrinhos responsável por super-heróis como Homem-Aranha, X-Men e Capitão América, entre outros.

“Acreditamos que somando a Marvel a um único portfólio de marcas da Disney teremos significativas oportunidades de crescer e criar valor a longo prazo”, declarou o presidente e diretor executivo da Disney, Robert Iger.

O diretor executivo da Marvel, Ike Perlmutter, também comemorou a negociação: “A Disney é o lar perfeito para o arquivo de personagens da Marvel, dada sua provada habilidade para ampliar a criação de conteúdos e empreendimentos”.

Fonte: Globo.com

O país que Sócrates queria em 2005

Para quem quiser fazer um balanço exaustivo e fundamentado do mandato de José Sócrates, tem aqui as suas promessas eleitorais num artigo da revista VISÃO publicado em 2005.

Publicada lei que consagra o alargamento da escolaridade obrigatória

Foi publicada no passado dia 27 de Agosto, no Diário da República, 1.ª Série – N.º 166, a Lei n.º 85/2009 que «Estabelece o regime da escolaridade obrigatória para as crianças e jovens que se encontram em idade escolar e consagra a universalidade da educação pré -escolar para as crianças a partir dos 5 anos de idade».

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O Jornal de Notícias publica na edição de hoje o artigo que abaixo reproduzo, a abrir a secção de «Classificados» do respectivo diário…

OPINIÃO > Manuel António Pina: «Mais uma vez»

Mais uma vez

A certa altura dos anos 60, passava em permanência na rádio uma canção de Tito Puente, “Esperanza”, e Alberti constatava não sem melancolia, em tempos em que o “socialismo real” exibia já desavergonhadamente o sórdido rosto, que “hasta esa puta, la esperanza,/ ya solo baila el cha cha cha”. Mais tarde ou mais cedo, todos acabamos a constatar o mesmo. Desilusão após desilusão, a esperança um dia deixa-nos (ou deixamo-la nós a ela, batendo ruidosamente com a porta) e ficam só ruínas. Não sei se a minha simpatia pelo jovem tenente-coronel Hugo Chávez que, em 1992, se levantou contra a plutocracia de Andrés Pérez e, depois, levou à presidência a esperança dos descamisados não só da Venezuela mas de toda a América Latina, nasceu da antipatia pelos seus inimigos se da desesperançada necessidade de esperança. Agora que crescentemente a “revolução bolivariana” parece assumir, com a progressiva redução das liberdades (a última, depois da liberdade de informação, é a liberdade de manifestação), aspectos de “socialismo real”, temo que, como na canção, me “ilusioné” e que, mais uma vez, “todo/ se acabó”.

Fonte: Jornal de Notícias [31.08.2009]

OPINIÃO > José Pacheco Pereira: « Mário Soares e as mulheres que o afrontam»

Quem ler o que Mário Soares escreveu sobre a entrevista de Manuela Ferreira Leite e tenha memória, toca-lhe no cérebro um sininho: onde é que eu já ouvi isto? Ouvi, ouvi. Quando Mário Soares diz que Manuela Ferreira Leite é de “uma banalidade que, algumas vezes, roçou o patético”, eu lembrei-me de Nicole Fontaine, opositora de Mário Soares na eleição para a presidência do Parlamento Europeu, que ele tratou de “dona de casa” com enorme arrogância.

Agora, com Manuela Ferreira Leite, acrescenta a sugestão da bruxa, um estereótipo feminino que também encaixa na “dona de casa”. Disse Soares que tinha “um olhar de mazinha ao canto do olho, que me surpreendeu...” Está visto que vai continuar a surpreender-se. Madame Fontaine ganhou-lhe a eleição com enorme distância, Manuela Ferreira Leite ganhou as europeias contra o “invencível” Sócrates. ●

Fonte: SÁBADO [27.08.2009]

domingo, 30 de agosto de 2009

«As lágrimas do Estado na Maria Luísa»

Programa Eleitoral do CDS-PP

O CDS-PP já divulgou o seu Programa Eleitoral, o qual pode ser consultado aqui.

Aprovada lei das «uniões sexuais fortuitas»

Vale a pena ler este texto de Pedro Lomba no i, para nos rirmos a bandeiras despregadas.

OPINIÃO > Áurea Sampaio: «Casamento forçado»

Para quem gosta de experimentar novas sensações

Uma riqueza desaproveitada

Sexual selection in humans

Mr Muscle

WHY are men’s muscles so much bigger than women’s? Partly, of course, because men do the fighting and hunting. But also, perhaps, because women like men who can do these things well, and are thus attracted to muscular men. Both phenomena—competing with members of the same sex and showing off to members of the opposite—are subject to a form of evolution known as sexual selection. It is sexual selection that created the deer’s antlers and the peacock’s tail, and William Lassek of the University of Pittsburgh and Steven Gaulin of the University of California, Santa Barbara, think it explains men’s muscles as well.

The main characteristic of sexually selected features is that they are expensive to maintain. Since, whether competing or attracting, only the best will do, resources get piled into them, almost regardless of the consequences. In a study just published in Evolution and Human Behavior, Dr Lassek and Dr Gaulin show that this crucial characteristic is true for men’s muscles.

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Time

OPINIÃO > José Carlos de Vasconcelos: «PS e PSD, altos e baixos»

EDUCAÇÃO: Santana Lopes defende «acordo de regime»

Política precisa de estabilidade

PSD: Santana Lopes defende “acordo de regime” para a Educação

30.08.2009 - 12h30 Lusa

O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes defendeu sábado à noite um “acordo de regime” entre todos os partidos para a Educação, sublinhando que a política educativa precisa de estabilidade.

“Acho que é possível existir um acordo entre os principais partidos para a política de Educação, para as grandes linhas”, preconizou Santana Lopes, no último jantar-conferência da Universidade de Verão do PSD, que termina domingo em Castelo de Vide.

Defendendo que “a política educativa precisa de estabilidade” em matérias como o modelo de avaliação, as regras de frequência e assiduidade, aos currículos, entre outros, o antigo líder social-democrata considerou que seria “um bom sinal haver esse acordo de regime”.

Já em declarações aos jornalistas no final do jantar-conferência, o antigo líder social-democrata e candidato à Câmara de Lisboa, reconheceu a dificuldade da realização desse acordo de regime, mas insistiu na sua importância.

“O país precisa dessa estabilidade de política, como de pão para a boca, principalmente os formandos”, reforçou, admitindo que a actual ministra da Educação tomou algumas medidas positivas, embora “num clima de muita crispação”.

“Esta diferença tão grande, às vezes choque de concepções na política educativa, acho que não ajuda ao desenvolvimento de Portugal”, insistiu, manifestando o desejo de que depois das eleições e quando os “ânimos serenarem” seja possível estabelecer um acordo nas grandes linhas.

Além da Educação, Santana Lopes apontou a Justiça como outra das áreas onde seria “muito importante” a existência de acordos de regime.

“Devia ser um grande esforço e que devia ser promovido ao mais alto nível do Estado um entendimento entre a generalidade dos partidos e, nomeadamente, entre os dois maiores partidos”, reiterou, considerando que para a área da Saúde um qualquer acordo seria mais difícil, na medida em que é um sector que tem mais a ver com concepções ideológicas de cada partido, sendo as diferenças mais difíceis de esbater.

Continua…

PÚBLICO

Comentário:

Pedro Santana Lopes tem carradas de razão. Não é possível pôr as coisas as funcionar eficazmente na Educação, sem haver um acordo de regime, que defina as linhas que deverão ser seguidas pelos governantes, qualquer que seja o seu partido. É assim tão difícil conseguir isso?

Pelos vistos, até agora tem sido, porque cada um dos governantes quer deixar uma marca da sua governação. No que diz respeito ao actual Primeiro-Ministro, com uma pessoa assim cheia de certezas é muito difícil convencê-la da necessidade disso.

Pedro Santana Lopes foi um chefe do Governo alvo de ataques de todos os lados. É justo recordar que foi o primeiro governante a querer pôr a banca na ordem. Talvez por isso a sua passagem pelo Governo tenha sido tão breve…

Oxalá não venhamos a ter saudades de um governante como ele. Na altura, só eram vistas as “trapalhadas”, amplificadas pelos jornais e pelas televisões…

Professores pronunciam-se sobre a política de Sócrates para a área da Educação


Professores na rua durante a campanha eleitoral

As eleições legislativas de 27 de Setembro estão a ser preparadas em pormenor... pelos movimentos de professores, que voltam às ruas logo no arranque da campanha eleitoral, no dia 12. Já os sindicatos parecem preferir esperar pelo resultado da votação para definir estratégias.

Empolgados pela iniciativa “Compromisso pela Educação” ― em que obtiveram garantias de toda a oposição sobre a revisão de aspectos como a avaliação e a divisão das carreiras ―, os movimentos prometem acções “originais”, assumidamente de ataque às políticas do Governo de José Sócrates.

Dois grupos ― a Associação de Professores em Defesa da Educação (APEDE) e o PROmova ― estão a debater entre si a realização de acções capazes de ter “impacto” na opinião pública.

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Diário de Notícias

OPINIÃO > Alberto Gonçalves: «Governar macacos»

Em meados dos anos 60, Tom Lehrer, um dos maiores satiristas do século passado, introduzia assim nos concertos a sua canção sobre a fraternidade, National Brotherhood Week: “Todos concordamos que temos de nos amar uns aos outros e há gente no mundo incapaz de amar o seu semelhante e eu odeio gente dessa.”

Removida a ironia de Lehrer, o eng. Sócrates adoptou o discurso. No comício da Madeira, por exemplo, dedarou-se frontalmente contra os insultos na campanha. Momentos depois, desatou a insultar com empenho os “fariseus”, os “fracos”, os “pessimistas”, os “maledicentes” e os restantes pulhas que discordam dele. Em matéria de língua suja, o eng. Sócrates é o Capitão Haddock, sem o whisky e com um preâmbulo em que condena a má-criação.

Estratégia? Quem dera. O meu palpite é que o homem se convenceu mesmo de que tem razão ― toda a razão e acerca de tudo. Só isso explica a convicção com que trata as opiniões dos que o criticam como ofensas e as suas próprias ofensas aos que o criicam como evidências científicas. Quando inaugura uma primeira, e às vezes única, pedra, o eng. Sócrates acredita sinceramente no prodigioso significado do acto, pelo que amaldiçoa os salafrários que não se curvam perante a magnificência da pedra como os símios se curvaram ao monólito no 2001.

Em 2009, aliás, os macacos reverentes e pasmados seriam os espécimes ideais para alcançar a dimensão das benesses em que o eng. Sócrates é perito, fosse a governá-los, fosse a penteá-los, fosse a fazer-lhes o que quisesse contanto que não o fizesse connosco, indignos do seu brilho.

SÁBADO 27 AGOSTO 2009

Na segunda, cai quem quer…

Falso e demagogo, Sócrates quer enganar os portugueses mais uma vez

1. Tenho pelo estilo e pela substância do PS de José Sócrates uma evidente antipatia. Arrogante, malcriado, dotado de um discurso plastificado, José Sócrates representa o que de pior existe na política. Falta à verdade, manipula a opinião pública, repete descaradamente o anúncio de medidas que nunca chegam a ver a luz do dia e desvirtua as palavras dos adversários com o único objectivo de confundir a opinião pública.

2. Os últimos quatro anos e meio foram os piores anos do regime democrático português.

3. Incapaz de tomar medidas que contribuam para inverter o processo de empobrecimento do país, José Sócrates rouba os temas fracturantes ao Bloco de Esquerda e apresenta-se como o paladino do "aprofundamento das uniões de facto" e "casamento dos homossexuais e lésbicas" como se esses fossem os problemas que afectam os portugueses.

Continua…

ProfAvaliação

As duas mundivisões em confronto, segundo Sócrates


Sócrates diz que portugueses vão escolher entre modernidade ou uma mundivisão retrógrada

29.08.2009 - 21h07 Lusa, PÚBLICO

O secretário-geral do PS, José Sócrates, afirmou hoje que nas próximas eleições legislativas estará em jogo uma escolha entre duas mundivisões, entre o progresso e a modernidade dos socialistas, e outra retrógrada e conservadora.

O secretário-geral do PS, José Sócrates, afirmou hoje que nas próximas eleições legislativas estará em jogo uma escolha entre duas mundivisões, entre o progresso e a modernidade dos socialistas, e outra retrógrada e conservadora.

José Sócrates falava no comício de “rentrée” do PS, na Praia de Santa Cruz, concelho de Torres Vedras, que assinalou também o encerramento do Campus da JS, que juntou cerca de um milhar de jovens desde quinta-feira à noite.

Como é habitual nas suas intervenções, José Sócrates nunca se referiu directamente à líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, mas advertiu que a 27 de Setembro “uma das principais escolhas será entre duas mundivisões”.

“Há duas formas de olhar para a sociedade e para o futuro. Aqui, neste partido, neste Governo, ninguém acredita que o casamento deve servir apenas para a procriação; aqui ninguém acredita que é preciso uma lei do divórcio que o dificulte, porque aqui acredita-se na liberdade e na tolerância”, declarou, perante uma plateia de jovens.

No mesmo capítulo da sua intervenção, o líder socialista reivindicou para o PS a defesa de uma sociedade aberta e tolerante.

“Aqui, no PS, ninguém se lembraria de dizer que as obras públicas é para dar emprego a cabo-verdianos ou ucranianos. Essa mundivisão não tem lugar nem no PS nem num país progressista e moderno como queremos para Portugal”, afirmou, em nova referência implícita a Manuela Ferreira Leite.

Segundo Sócrates, o PS apresenta-se às eleições como protagonista “de uma visão moderna do país”.

“Estamos aqui para lutar contra uma visão passadista, uma visão retrógrada, conservadora, que não está à altura dos tempos. Este é o tempo de lutarmos por um país de progresso, de futuro, europeu e à altura do seu tempo, com abertura, tolerância e vontade de vencer”, acrescentou.

José Sócrates terminou o seu discurso a agradecer aos músicos que tinham participado na festa da juventude, com especial destaque para Zé Pedro dos Xutos e Pontapés. Esta banda tem uma música (Sem Eira nem Beira) que foi apadrinhada por sindicalistas e insatisfeitos com as políticas do Governo como um hino contra o primeiro-ministro. Sócrates, porém, optou por citar a letra de outra música dos Xutos, Aqui há Luar. “Aqui ao luar, ao pé de ti, ao pé do mar”, citou o líder socialista.

O comício de “rentrée” do PS foi aberto pelo presidente da Câmara de Torres Vedras, Carlos Miguel, seguindo-se intervenções do líder da JS, Duarte Cordeiro, e da mandatária para a Juventude do PS, Carolina Patrocínio.

OPINIÃO > António Costa: «Para lá dos programas»

Confesso que tenho dificuldade em dar importância aos programas partidários. Fiquei traumatizado em 1995, quando tive que ler o programa de Guterres. Aquilo não era um programa, era o “Pantagruel” das soluções para a pátria. Fiquei vacinado.

Na verdade, mais importante do que os programas é a sua aplicação e transparência: a possibilidade de acompanharmos o que é decidido, porquê, por que valores e com que finalidade. Ora isso em Portugal nunca acontece.

A avaliação dos professores é exemplar. Todos os partidos dizem coisas que, na ver[d]ade, não querem dizer coisa nenhuma. O PS fala em “consolidar”, o PSD em “suspender” o sistema. O que os dois dizem é óbvio e previsível. Mas eu gostava de saber era porque é que se escolhe o modelo A e não o modelo B de avaliação, com base em que experiência, quem monitoriza a sua aplicação, com que regras e consequências. Duvido sinceramente que isso vá acontecer.

O aeroporto de Alcochete é ainda mais bizarro. O PS vai fazê-lo, o PSD vai fazê-lo “por módulos”. Ora, sempre esteve decidido que a construção seria feita por módulos. O PSD diz que só “avança depois de estudar a capacidade da Portela. Mas não se estudou já vezes sem conta a capacidade da Portela? Eu gostava de saber qual é, de facto, essa capacidade. Mas o que consigo ler, acreditem, são estudos encomendados ‘por medida’ a consultores muito bem pagos.

Reparem no caso da Saúde. O actual Governo decidiu resgatar para o Estado o Hospital Amadora-Sintra, tentando acabar com uma polémica de anos e anos. Admito que a ideia tenha sido correcta, mas nenhum português sabe se assim foi, e que ganhos o Estado ou os utentes tiveram entretanto. O PSD quer mais parcerias privadas, mas nunca vamos saber se isso tem qualquer ganho de eficiência ou de custos. Achamos que sim ou que não por puro preconceito ideológico. Nada mais.

A ideia do PSD de impor prazos na Justiça parece-me boa, mas não vejo nenhuma razão para acreditar nela. Já existem prazos para as investigações criminais. São cumpridos? Claro que não. Com justificação? Claro que sim, arranja-se sempre uma justificação.

Podia dar mais mil exemplos. No fundo nunca sabemos grande coisa do país em que estamos. Achamos umas coisas. Votamos porque achamos isto ou aquilo. E nunca ninguém nos presta contas de coisa alguma. Os partidos acham que só nos têm que dizer umas coisas quando vão a votos. Enchem páginas e páginas de palavras, de medidas e projectos. E falam connosco daqui por uns anos.

Fonte: Expresso n.º 1922 | 29 de Agosto de 2009