quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A nova geração de escritores

A nova geração de escritores no ano da morte de José Saramago

A morte de José Saramago é o fim simbólico de uma geração politicamente comprometida. Como é que os novos escritores lidam com a ideologia? O Ípsilon falou com aqueles que podem vir a ser os herdeiros do Nobel português

A literatura pode viver até de uma forma conflituosa com a ideologia. O que não pode é viver fora da ideologia.

José Saramago

A morte de José Saramago em Junho representou o fim de uma geração politicamente comprometida, de uma literatura de causas, herdeira da luta contra o fascismo e a censura, do fim da ditadura, do colapso do Império, da transição para a democracia e da adesão à Europa.

Este é o ano da morte de José Saramago. No seu obituário, no “Expresso”, Clara Ferreira Alves escreveu que pode ser que “um dia um escritor ainda sem nome se sinta tentado a escrever um livro com este título”, ecoando “O Ano da Morte de Ricardo Reis”. Porque, tal como nesse ano (1936), “este é um ano em que estão a acontecer muitas coisas, é um ano histórico e da história, um ano implacável, um ano de princípios e de fins”.

ÍPSILON/ PÚBLICO

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