Terminam as férias com o final de Agosto, embora haja portugueses que façam férias em Setembro, por as praias, os restaurantes e os hotéis estarem menos cheios. Ao contrário do que se pensava, foram férias calmas, excepção feita da calamidade dos incêndios, apesar do trabalho incansável dos bombeiros, da GNR e dos pilotos dos helicópteros. No entanto, como aqui assinalei num artigo anterior, é preciso e urgente reforçar as medidas preventivas, defender as florestas e obrigar os proprietários das terras que estão abandonadas aos matos — e que são pólvora — a limpá-las ou deixá-las limpar pelos serviços públicos ou municipais, contra um pagamento mínimo.
Quando digo que as férias foram calmas, refiro-me, naturalmente, ao plano político e social. Depois da guerrilha partidária que se seguiu às últimas eleições legislativas — e à constituição de um Governo minoritário — ter havido comentadores convencidos de que o Governo Sócrates dificilmente se aguentaria. Não foi o que sucedeu, porque depressa as pessoas se aperceberam de que a nenhum partido da oposição — apesar da linguagem desabrida que faziam gala em utilizar — convinha deitar o Governo abaixo ou encontrar uma solução de substituição. Mesmo o mais forte partido da oposição, o PSD, que ficaria exposto a um desastre fatal, com consequências graves — e pesadíssimas — para o seu próximo futuro, se aceitasse ser governo, no actual momento de crise global.
Continua…
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