Uma vez que o fogo-de-artifício da senhora ministra não “colou”, como forma de evitar que se falasse do mega-encerramento de escolas, pois rapidamente se secou esse filão, podemos agora falar um pouco mais calmamente — e até mais a sério — sobre a tentação socialista de instaurar o Eldorado da passagem administrativa.
Para além de ser analfabeto em política, também sou bastante coxo no que à investigação diz respeito. No entanto, apesar desse handicap, dá-me, de vez em quando e de quando em vez, para aí, e lá me meto a fazer que faço. Foi o que aconteceu aqui há uns anos atrás, em Agosto de 2004. Velhos tempos, em que ainda apetecia trabalhar por carolice! Depois… foi o que foi!
Nessas férias, decidi estudar o percurso escolar dos alunos retidos e daqueles que, embora com suficientes níveis para reprovar, transitavam ao abrigo do Despacho Normativo 644-A/94 e do Decreto-Lei 30/2001. Farto de ouvir alguns colegas dizerem que reprovar os alunos era cortar-lhes as asas, meti mãos à obra e fui ver o que estava a acontecer no terreno. Com a devida autorização superior, estudei todas as pautas finais de uma determinada escola EB 2/3 de Braga, entre o ano lectivo de 1999/2000 e o ano lectivo de 2003/2004: cinco anos de percurso escolar vistos à lupa. Estudei o universo total dos alunos (320) que se encontravam nas situações descritas.
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