Só na administração local abriram concursos para mais de 1500 postos de trabalho. A maioria são “assistentes operacionais”, mas ainda são muitos os concursos para “provimento” de novos técnicos superiores para o Estado. A intenção do governo Sócrates de congelar as admissões na administração pública a partir de 1 de Julho, anunciada por Teixeira dos Santos e “assinada” nas medidas do Programa de Estabilidade e Crescimento, tinha várias excepções, a começar pelos concursos anteriormente lançados. Mas, mesmo descontando todas as novas entradas na administração pública resultantes de concursos “em processamento” antes de 1 de Julho, continuam a somar-se às centenas as aberturas de concurso.
O congelamento das admissões na administração pública, que Teixeira dos Santos afirmou estender-se à administração autárquica, foi anunciado com as medidas adicionais do PEC — o chamado PEC 2 — e apresentado como uma medida essencial para conter a despesa do Estado. Mas, evidentemente, havia excepções a notar: a admissão de professores (alguns da responsabilidades das câmaras municipais), de médicos e enfermeiros em falta no sistema de saúde e todos os concursos que estavam em andamento antes da “sexta-feira negra”, “quando o mundo mudou de um dia para o outro” — o acosso dos mercados financeiros contra a dívida portuguesa. Esta medida substituiu a que estava em vigor: só entrava para o Estado um trabalhador se saíssem dois.
Continua…
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