sábado, 17 de janeiro de 2009

POESIA > Miguel Torga: «Conquista»

CONQUISTA

Livre não sou, que nem a própria vida

Mo consente

Mas a minha aguerrida

Teimosia

É quebrar dia a dia

Um grilhão da corrente.

Livre não sou, mas quero a liberdade,

Trago-a dentro de mim como um destino.

E vão lá desdizer o sonho do menino

Que se afogou e flutua

Entre nenúfares de serenidade

Depois de ter a lua!

Miguel Torga, Cântico do Homem (1950)

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