BE chama ministra ao Parlamento
Lusa/ EDUCARE | 2011-01-10
O Bloco de Esquerda requereu hoje a presença da ministra da Educação no Parlamento para que Isabel Alçada explique os “impactos profundos” no sector das alterações curriculares no básico e secundário e da eliminação de horários de trabalho.
“O Ministério da Educação tem vindo a divulgar ou a fazer aprovar um conjunto de iniciativas legislativas que terão impactos profundos no funcionamento do sistema educativo público”, lê-se no requerimento, entregue hoje na Assembleia da República.
No documento, assinado pela deputada bloquista Ana Drago, são referidos o projecto de alteração curricular do ensino básico e secundário, o projecto de despacho de organização do próximo ano lectivo, a eliminação de mais de 5000 mil horários de trabalho e a aplicação do modelo de avaliação de desempenho.
A deputada recorda que os pareceres do Conselho Nacional de Educação sobre as alterações curriculares foram “bastante críticos”, defendendo um “debate amplo e participado” sobre esta matéria.
Sobre a organização do ano lectivo 2011/2012, o Bloco de Esquerda afirma que o projecto de despacho “tem causado grande apreensão” junto das escolas e dos docentes.
São ainda pedidas explicações sobre a resolução do Conselho de Ministros na qual são enumeradas medidas que “prevêem um agravamento das condições de trabalho nas escolas”, como a eliminação de mais 5.000 a 6.000 horários de trabalho e a redução do número de directores adjuntos nas escolas, por exemplo.
“Face à centralidade de todas estas matérias na política pública de educação e face à gravidade dos impactos que estas medidas terão no sistema público educativo, o Bloco de Esquerda vem requerer a presença da ministra da Educação na Assembleia da República”, na Comissão de Educação e Ciência, lê-se no requerimento.
Na terça-feira, esta comissão vai votar um outro requerimento, apresentado pelo CDS-PP na semana passada, a requerer a presença de Isabel Alçada para prestar esclarecimentos sobre o futuro das escolas privadas com contrato de associação, cujo modelo de financiamento foi recentemente alterado pelo Governo.
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