A 10 de Maio, o Diário de Notícias, um diário muito próximo do Governo, referia que José Sócrates afirmara, a propósito das eleições para o Parlamento Europeu: «O que estará em causa não é apenas a avaliação do Governo mas também a avaliação de uma oposição que ao longo destes quatro anos não foi capaz de produzir uma alternativa».
A 10 de Junho, o jornal PÚBLICO, um diário pelo qual o Primeiro-Ministro não morre de amores, escreve: «O primeiro-ministro, José Sócrates, considerou “um abuso” que os partidos queiram “transformar as eleições europeias em legislativas” ao considerarem que o Governo perdeu legitimidade após a derrota eleitoral de domingo.»
Um Primeiro-Ministro que não costuma mudar de opinião, que está sempre cheio de certezas, dá aqui uma prova da sua fraqueza. Se o PS tivesse ganho as eleições do passado dia 7 de Junho, isso seria encarado como um apoio às suas políticas!… Como as contas saíram furadas, aquilo já não conta para nada…
José Sócrates anda agora à deriva. Depois de conhecer o sabor da vitória e o fascínio do poder absoluto, começa agora a antecipar o sabor amargo da derrota…
Se precisar de alguém para lhe ajudar a arrumar a(s) mala(s), candidatos não lhe faltarão, começando pelo seu próprio partido…
Todas as festas têm o seu final, e a do Primeiro-Ministro já durou demasiado tempo!...
José Sócrates cometeu um grave erro ao impor ao País aquilo que ele julga o melhor. É que o gosto das pessoas não é o mesmo do governante…
Os sinais são bem claros. Só não os vê quem usa lentes cor-de-rosa ou quem não os quer ver…
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