terça-feira, 23 de junho de 2009

«Projeto de editora global lusófona está em xeque»

Desde o ano passado o mercado editorial brasileiro está agitado com o desembarque de um ambicioso grupo editorial lusitano. Ninguém comenta oficialmente, mas editoras-chave como Record, Companhia das Letras e Sextante já entraram na mira do grupo português Leya. Todas as tentativas de aquisição, no entanto, naufragaram.

Agora, as negociações estão concentradas na compra de uma participação na editora Nova Fronteira, que pertence à Ediouro. Mas a operação ainda não foi concluída, segundo Luiz Fernando Pedroso, diretor-superintendente do grupo Ediouro. A rigor, o negócio pode nem se concretizar.

Entrar no mercado brasileiro é estratégico para a holding Leya, criada em janeiro de 2008. Antes disso o empresário português Miguel Paes do Amaral, maior acionista do grupo, já vinha adquirindo de forma acelerada editoras em Portugal --inclusive as tradicionais Dom Quixote (que publica a obra de António Lobo Antunes) e Caminho (casa de José Saramago). Na época, Lobo Antunes protestou e ameaçou boicotar a editora sob nova direção. Havia especulações de que as compras visariam apenas uma valorização para revenda futura.

As aquisições continuaram desde então. A holding atualmente já domina o mercado lusitano e reúne 17 casas. As compras incluíram editoras em Angola e Moçambique.

(+)

Folha de S. Paulo

Nenhum comentário: