Este fim de semana de Outubro de 2010 ocorreu uma segunda vaga de ataque socialista sobre a direcção do PSD para que esta anuncie abstenção na votação do orçamento... antes da apresentação da proposta. A pressão não é inocente, nem espontânea: tem como propósito a responsabilização do PSD pelo segundo pacote de austeridade Sócrates imposto aos portugueses e foi orquestrada de forma profissional.
A estratégia não mudou: a co-responsabilização do PSD pelas (des)medidas de austeridade, de modo a diminuir o custo eleitoral dos socialistas que provocaram o descalabro financeiro que as forçou. Os mercados não baixaram significativamente a taxa de juro da dívida do Estado português porque não acreditam nas promessas de Sócrates e precisam de ver os resultados — essa é a razão do falhanço brutal da consequência sobre os mercados da taxa de juro portuguesa. Não sendo possível a apresentação conjunta do segundo pacote como tinha acontecido no primeiro, pretende-se, pelo menos, uma validação prévia das medidas, de forma a proclamar a complacência do PSD e autorização para novos abusos despesistas nos projectos socraónicos. O que Sócrates procura não é outra coisa do que expor ao povo, através da barragem mediática habitual, o PSD como cordeiro sacrificial da austeridade na despesa.
Continua…
Nenhum comentário:
Postar um comentário