Diferença entre reprovar e aprovar o OE
Se o OE 2011 for “chumbado”, teremos cá o FMI daqui a 1 mês. Irá naturalmente supervisionar a gestão orçamental e, em pouco tempo, descobrirá muita despesa escondida. Nas fundações, nos institutos, nas empresas públicas e municipais, nas PPPs recém constituídas e que ainda ninguém conhece, nas toneladas de facturas “em conferência” que representarão milhões em despesa diferida. Casos como este, com justificações identicamente esfarrapadas, haverá aos montes. As medidas previstas neste orçamento revelar-se-ão insuficientes e serão necessários mais cortes e/ou aumento de impostos.
Se o OE 2011 for aprovado, o FMI virá daqui a meio ano, depois de a execução orçamental dos primeiros meses revelar (mais uma vez) uma despesa em crescendo, a taxa de juro disparar para cima de 7%, o BCE ter “fechado a torneira”. Entretanto, Sócrates andou obsessiva e exclusivamente a comprar votos. O “buraco” estará muito mais fundo e o FMI exigirá medidas ainda mais draconianas que poderão ser letais.
O que será preferível? Tratamento de choque já ou esperamos que se descubra petróleo?
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