domingo, 17 de outubro de 2010

«O Orçamento e as clientelas partidárias»

Algumas questões essenciais do debate sobre o Orçamento do Estado para 2011 estão sendo ocultadas por uma série de cortinas de fumo que dificultam a compreensão do que verdadeiramente se passa no terreiro político.

O problema essencial não reside, ao contrário do que vem sendo revelado pelos diversos atores, na necessidade de o país encontrar financiamento externo. O problema essencial reside no facto de a classe política (de todos os setores) manter a empregabilidade das suas clientelas, espalhadas, de forma mais ou menos equilibrada e na devida proporção, por toda a rede da administração pública.

São mais de 350.000 funcionários excedentários, um exército de gestores que só o são porque passaram pelo filtro dos partidos ou têm alguém amigo na política e, a montante e a jusante, clientelas empresariais, agora mais visíveis, porque, apesar de tudo, o governo resolveu torná-las públicas numa base de dados sobre a contratação.

Continua…

In Verbis

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