domingo, 31 de janeiro de 2010

«Em Português nos (des)entendemos»


sábado, 30 de janeiro de 2010

Plano Nacional de Barragens discutido em Cabeceiras de Basto

adbasto promove sessão de esclarecimento sobre os impactos do Plano Nacional de Barragens no Tâmega e nas Terras de Basto

A adbasto (Associação de Desenvolvimento Técnico-Profissional das Terras de Basto) com o apoio do Jornal “O Basto” promove na próxima sexta-feira, dia 5 de Fevereiro, pelas 21h30, uma sessão de esclarecimento sobre o impacto do Plano Nacional de Barragens no Tâmega e nas Terras de Basto. A iniciativa é aberta a toda a população e decorre na sede social da adbasto, situada no lugar da Quinta da Mata, junto à sede da vila de Cabeceiras de Basto. Participam nesta acção, como oradores, José António Luís Crespí, doutorado em Biologia Vegetal pela Universidade de Salamanca e professor Universitário das disciplinas de Botânica e Ecologia vegetal na UTAD ( Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e Emanuel Queirós, técnico superior de Planeamento Regional, especialista em Geomorfologia e fundador do Movimento Cidadania para o Desenvolvimento do Tâmega.

De referir ainda que José Luís Crespí é especializado em morfo-ecologia e análise fitoestrutural da vegetação, sendo autor de mais de oitenta publicações científicas em revistas especializadas nacionais e internacionais, sendo autor e co-autor de diversos livros sobre flora portuguesa. Orienta diversas teses de mestrado e doutoramento em colaboração com a Universidade de Salamanca (Espanha) e a Faculdade de Ciências do Porto, é investigador integrado em Centros de investigação portugueses e espanhóis e forma parte de equipas de investigação europeia na área da filo-biogeografia neogênica. Desde 1998 é conservador do Herbário do Jardim Botânico da UTAD, sendo director deste último desde o passado mês de Fevereiro de 2008.

Com esta iniciativa, a direcção da adbasto pretende de uma forma responsável esclarecer e alertar a população das Terras de Basto para os previsíveis impactos que a construção de barragens no Rio Tâmega poderão originar num futuro próximo, afectando o ambiente, os ecossistemas e a qualidade da água.

Jornais rendem-se ao novo acordo ortográfico

Depois da Lusa ter iniciado hoje nova grafia

“Expresso” e “Diário Económico” adoptam novo acordo ortográfico “nos próximos meses

30.01.2010 - 15:40 Por Lusa

Faz sentido a comunicação social portuguesa adoptar o Acordo Ortográfico. O Expresso vai, seguramente, adoptá-lo e só ainda não o fez porque temos alguns problemas técnicos relacionados com o sistema editorial e com o corretor ortográfico que estamos neste momento a tentar superar”, disse à Lusa o director do semanário, Henrique Monteiro.

O director do Expresso prevê, no entanto, que “seja uma questão de meses” até que o jornal adopte as normas do Acordo Ortográfico.

A única coisa que precisamos é ter a certeza que as ferramentas existem, dar uma pequena formação aos jornalistas e aos “copy desk” [asseguram a revisão dos textos dos jornalistas] e avançar”, disse Henrique Monteiro, explicando que “a parte mais complicada é a adaptação do sistema editorial”.

O Diário Económico (DE), que “tem um jornal irmão no Brasil, o Brasil Económico”, deverá adoptar o Acordo Ortográfico “até ao final do primeiro trimestre”, disse à Lusa o director, António Costa.

A introdução das novas regras ortográficas vai diminuir muito as diferenças que existem hoje em termos de escrita entre o DE e o Brasil Económico, o que só potencia o DE no mercado brasileiro e o Brasil Económico no mercado português”, realçou António Costa.

O DE já “tem instalado o sistema informático necessário à adaptação às novas regras”, disse António Costa, explicando que o jornal “só não avança já” para o Acordo Ortográfico, porque considera que o processo deve ser “discutido com a redacção”.

Deve haver uma base de formação para preparar os jornalistas para as novas regras. Vai ser necessário um trabalho de adaptação, para que o leitor se adapte à nova grafia”, considerou.

O país não pode fechar-se em si mesmo. Não faz sentido vivermos de costas para o que é hoje o centro da Lusofonia, que é o Brasil”, defendeu, salientando que o facto de a agência Lusa ter adoptado o Acordo Ortográfico é um “contributo importante para os jornais e outros órgãos de comunicação social avançarem”.

O PÚBLICO decidiu não avançar para já com o novo acordo ortográfico.

PÚBLICO

Perdoai-lhe, Professores, pois não sabe o que diz!...

Em entrevista à Rádio Renascença

António Barreto defende entrega do ensino básico e secundário ao poder local

30.01.2010 - 15:29 Por PÚBLICO

O sociólogo António Barreto defendeu hoje que o ensino básico e secundário deviam ser entregues à responsabilidade das autarquias.

Em declarações ao programa Res Publica, da Rádio Renascença, conduzido por Francisco Sarsfield Cabral, António Barreto defendeu ainda que o Ministério da educação devia preocupar-se apenas com “um ou dois princípios essenciais”.

O ensino básico e secundário devia ser entregue às câmaras e às comunidades locais. Devia sair do Ministério da Educação, que se ocuparia apenas de um ou dois princípios essenciais, que é, por exemplo, a organização do currículo nacional e depois da fiscalização e a inspecção”, defendeu.

Para Barreto, esta medida teria como objectivo aliviar o ministro da Educação de um papel que, no seu entender, é hoje “uma espécie de director de serviço de pessoal do Estado português”, aludindo ao tempo perdido com negociações sindicais, o que, no entender do sociólogo, prejudicam a intervenção que era esperada na área da pedagogia.

Toda a recente movimentação dos professores teve um efeito negativo no prestígio da escola pública”, considerou Barreto.

PÚBLICO

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Há escolas apaixonadas pela avaliação


Língua à moda do Porto


Quer pôr a UE a legislar sobre algum assunto?


Mais um grupo de trabalho...

“Ministério cria equipa para reforçar estratégia do projecto Educação para a Cidadania”

Governo aposta em novas creches

Até 2013 serão construídas 600 creches

27.01.2010 - 02h10

Por Clara Viana

Há dois anos, a sua conclusão foi anunciada para o início de 2010: 400 novas creches, concretizando uma oferta suplementar de 18 mil lugares para crianças até aos 3 anos. Este mês, o primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou que estes equipamentos estão em construção. No relatório do OE para 2010 esclarece-se que dos equipamentos previstos entrarão em funcionamento, este ano, cerca de 180, “que vão alargar a capacidade em cerca de 7.855 lugares”.

Afirma-se também que, “no quadro do apoio às famílias e à promoção da conciliação da vida familiar e profissional, o Governo, já a partir de 2010, iniciará o esforço no sentido de garantir o compromisso político de duplicar, ao longo da legislatura, o número de creches com horário alargado” ou seja, a funcionar durante mais de 11 horas por dia.

No relatório do OE confirma-se também que, até 2013, com 600 novas creches e 18 mil novos lugares para crianças menores de três anos, Portugal ultrapassará a meta europeia de 33 por cento de cobertura rede. Mas, em vez de 400 novas creches, aponta-se 600, correspondendo a mais de 150 milhões de euros de obras.

Com uma cobertura de pouco mais de 18 por cento, Portugal era dos países mais atrasados da União Europeia no que respeita à expansão da rede destinada às crianças mais novas.

No orçamento atribuído ao Ministério da Educação é o nível logo acima, o pré-escolar, que mobilizará as maiores dotações específicas: 515,7 milhões de euros. Em 2009, tinham-lhe sido atribuídos 484,5 milhões de euros. Também as dotações para o ensino particular e cooperativo registam um aumento: passam de 353,1 milhões de euros de 2009 para 362 milhões.

PÚBLICO

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Apple cumpre o esperado e apresenta o iPad

Steve Jobs apresentou esta tarde aquilo que todos esperavam: um tablet pc, vocacionado para tarefas como a navegação na Web, ver vídeos e ler livros.

A demonstração feita por Steve Jobs mostrou um aparelho que funciona essencialmente como um iPod Touch em ponto grande e que se chama iPad, um dos nomes que já tinha sido antecipado.

“Para criar uma terceira categoria de dispositivos, estes dispositivos terão de ser muito melhores em algumas tarefas-chave”, afirmou Jobs. “Que tipo de tarefas? Coisas como navegar na Web, e-mail, fotos, vídeo, música, jogos e livros electrónicos”.

“Os netbooks não são melhores a fazer nada. Não são melhores do que um portátil em nada. São apenas portáteis baratos”, declarou Steve Jobs, ignorando o facto de estes computadores serem mais leves e mais pequenos do que os restantes portáteis.

Os tablet PC (computadores finos, sem teclado e com o ecrã sensível ao toque) já foram chamados “computadores de sofá”. E o presidente da Apple fez parte da demonstração sentado numa poltrona, indicando que o aparelho vai servir para entretenimento e consumo de informação e não para trabalho.

Em relação à navegação na Web, Jobs defendeu que o iPad é “muito melhor do que um portátil, muito melhor do que um smartphone”.

O iPad tem um ecrã de 9,7 polegadas, pesa cerca de 680 gramas e ronda os 1,3 centímetros de espessura.

Consoante os modelos, a capacidade de armazenamento está entre os 16 e os 64 Gb. O processador é de 1Ghz.

O iPad tem bluetooth e capacidade de ligação Wi-fi. Alguns modelos estão equipados com ligação 3G e, nestes casos, estarão desbloqueados, o que significa que podem ser usados com cartões de qualquer operadora. Segundo a Apple, a bateria dura dez horas.

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PÚBLICO

Vocabulário Ortográfico on-line

Tome nota: é lançada amanhã no portal da Academia Brasileira de Letras a versão on-line do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.

Orçamento de Estado 2010

De onde vem e para onde vai o dinheiro

Sistemas de ensino e de avaliação estão a afastar os rapazes da escola

Vem aí uma geração de rapazes frustrados

Em quase todos os países ocidentais, os rapazes abandonam cada vez mais o ensino no final da escolaridade obrigatória. Têm capacidades para ir mais longe, mas as escolas poderão estar a avaliá-los mal, privilegiando as raparigas. Podemos estar a criar (ou já criámos?) uma geração de excluídos e uma nova classe baixa ― a dos homens.

Por Clara Viana


Um calafrio: investigadores portugueses, ingleses e norte-americanos, entre outros, têm vindo a constatar que as mudanças introduzidas nas últimas duas décadas no sistema de ensino e de avaliação dos alunos estão a contribuir activamente para afastar da escola um número cada vez maior de rapazes.

Produziu-se uma inversão. O fenómeno, que é comum à maioria dos países ocidentais, Portugal incluído, está a alargar o fosso entre rapazes e raparigas no sistema educativo. As raparigas têm hoje melhores notas e vão mais longe; os rapazes desistem, muitos deles logo no fim da escolaridade obrigatória. Nos 27 países da União Europeia, só a Alemanha mantém, no ensino superior, valores equilibrados de participação dos dois sexos.

Para o director do instituto britânico de políticas para o ensino superior (HEPI, na sigla em inglês), Bahram Bekhradnia, estamos já numa corrida contra-relógio. “Penso que corremos o perigo de estar a criar uma nova classe baixa”, constituída só por rapazes, diz, depois de um estudo recente daquele organismo ter confirmado a dimensão crescente do fosso entre raparigas e rapazes, e lançado algumas pistas inquietantes sobre os motivos que explicam o fenómeno.

O problema não são os bons resultados alcançados pelas raparigas, mas as fracas classificações obtidas pelos rapazes e aquilo que isso implica: a responsabilidade da escola nesta situação, o que isto está a provocar neles e nelas, e as consequências sociais do insucesso escolar masculino. “Vamos ter uma geração de rapazes frustrados e excluídos dos sistemas escolares e profissionais por incapacidade de rivalizar com o género oposto”, prevê a socióloga da educação Alice Mendonça nas respostas que enviou, por e-mail, às questões do P2.

Em países como o Reino Unido e os EUA, mas não só, a questão já entrou na agenda política. Em Portugal não. Existe investigação sobre o tema, há estatísticas à espera de serem interpretadas e... muito silêncio. Alice Mendonça sublinha, porém, que “os pais têm de ser alertados para as consequências” do que se está a passar.

Isto está a acontecer não por os rapazes se terem tornado, de repente, mais estúpidos, mas em grande medida, avisam os investigadores, por eles estarem a ser ensinados e avaliados num sistema que valoriza as características próprias das raparigas e penaliza as dos rapazes.

Zero em comportamento

Nos últimos anos, Alice Mendonça, também docente na Universidade da Madeira, centrou a sua investigação, precisamente, no insucesso escolar na perspectiva do género. Percorreu todos os ciclos escolares. Sustenta que, para os professores, na sua esmagadora maioria mulheres, o modo como as raparigas se comportam e trabalham é “mais conforme com as suas representações do bom aluno ou aluno ideal” ― o que poderá conduzir a uma “sobreavaliação” das alunas e a uma “discriminação” dos alunos.

Para a sua tese de doutoramento, a socióloga e investigadora do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, em Lisboa, Teresa Seabra analisou, por seu turno, os resultados escolares de estudantes do 2.º ciclo do ensino básico (11-12 anos). Comprovou que “os resultados dos rapazes e das raparigas se igualavam quando excluía da amostra os alunos com problemas disciplinares”, o que a leva a concluir, disse ao P2, que, “como o comportamento afecta de modo significativo o aproveitamento, a pouca conformidade às regras escolares estará na base dos piores resultados dos rapazes”. A “atitude”, o comportamento dos rapazes, estará a comprometer irreversivelmente os resultados da sua avaliação.

Especialista em assuntos de Educação, o sociólogo francês Christian Baudelot defende que, antes de mais, aquilo que é pedido pela escola é a interiorização das suas regras, mas que estereótipos sociais ainda dominantes valorizam nos rapazes o desafio, a violência e o uso da força ― um verdadeiro “arsenal antiescolar”. As raparigas, pelo contrário, são socializadas na família em moldes que facilitam a adaptação às exigências escolares: mais responsabilidade, mais autonomia, mais trabalho. “Trata-se de um conjunto de competências que as torna menos permeáveis à indisciplina”, observa Teresa Seabra. No ano passado, em Espanha, 80 por cento dos alunos com problemas disciplinares eram do sexo masculino.

Alice Mendonça confirma que as raparigas, “mais conformes às regras escolares”, ganham uma “vantagem decisiva” sobre os rapazes quando chega o momento da avaliação. Em Portugal, como também noutros países, o comportamento passou a contar para a contabilização da nota final atribuída aos alunos.

Teresa Seabra defende que se tornou indispensável lançar um debate sobre a actual forma de avaliar. “No momento actual, a escola é chamada a avaliar também o “saber ser”, mas nem sempre foi assim e não tem que assim ser”, argumenta.

(Continua…)

Vidros duplos em casa e isolamento de telhados passam a ser dedutíveis em IRS

O Governo faz uma forte aposta na fiscalidade ambiental e energética, em 2010, em grande parte motivada pela introdução do carro eléctrico, pelas medidas de apoio às renováveis e à eficiência energética. Entre as novas medidas, já a vigorar com o OE de 2010, estão a dedutibilidade em IRS de despesas como as de instalação de vidros duplos e isolamento de telhados. Outras, já prometidas, cumprem-se: os incentivos às empresas para a aquisição de carros eléctricos. E ainda outras, são velhas reclamações com solução neutra, como é a exclusão do IVA sobre o Imposto sobre Veículos (ISV).

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PÚBLICO

Ana Drago pronuncia-se sobre as quotas e a gestão escolar


«Má qualidade do ensino primário e secundário revela-se na universidade»


terça-feira, 26 de janeiro de 2010

BE vai apresentar proposta de alteração ao modelo de gestão escolar

O Bloco de Esquerda (BE) vai propor, em breve, alterações ao modelo da gestão escolar, de forma a que os cargos de coordenação intermédia sejam eleitos pelos professores e os directores deixem de presidir automaticamente ao conselho pedagógico.

Em declarações hoje à agência Lusa, a deputada bloquista Ana Drago anunciou que o partido já está a trabalhar nesta matéria e que a proposta de alteração será entregue na Assembleia da República “a breve trecho”, ainda durante a discussão do Orçamento de Estado.

“Parece-nos muito importante que a presidência do conselho pedagógico seja um cargo eleito e não automaticamente do director da escola. São estes espaços de democracia que consideramos fundamental reganhar dentro da gestão escolar”, justificou a deputada.

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Aqui

«Dois problemas de fundo…»

Entramos em novo ciclo de soluções. Mas antes de as discutirmos revejamos os problemas de fundo que estão a montante de tudo o que se pode fazer:

O primeiro problema de fundo: a sociedade portuguesa (no seu todo e nas suas partes, quer institucionais, quer empresariais, quer individuais) não valoriza suficientemente o conhecimento nas suas múltiplas dimensões e vertentes. O mesmo é dizer: não valoriza suficientemente o estudo, o trabalho rigoroso e sistemático, a disciplina, a persistência. Não valoriza a escola e o trabalho escolar. E não valoriza porque os padrões de referência estatal e mediática dão importância a outros atributos mais espectaculares e folclóricos.

O segundo problema de fundo: o modelo de governação baseia-se na tradição centralista iluminada, juridicista que dispensa as pessoas, as instituições e as organizações de pensar, de decidir, de arriscar.

Assim se criam os círculos viciosos da dependência, da acefalia, do amorfismo social e educativo, da desresponsabilização geral.

O gérmen da desgraça educativa (diria nacional) reside nestes dois problemas: ― na falta de confiança no valor dos saberes (científicos, tecnológicos, artísticos, profissionais); esta desvalorização tem impacto claro na procura deficitária da educação e formação (estudar para quê?); tem impacto nos modos de recrutamento dos empresários (muitos deles ainda preferindo a mão-de-obra barata e pouco qualificada); explica em grande parte o abandono e insucesso escolares;

― e na falta de confiança nas pessoas, organizações e instituições (a priori quase sempre consideradas como incapazes).

Estes problemas e estas desgraças revelam uma grave crise de inteligência institucional e só podem ser eficazmente combatidos mudando radicalmente os modos de fazer a política educativa e formativa.

Com a devida vénia ao José Matias Alves

Blogue Terrear

Antigo ministro da Educação defende uma maior participação dos pais nas escolas

O antigo ministro da Educação e actual administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, Marçal Grilo, afirmou, no passado dia 24 de Janeiro, na Universidade Católica, em Lisboa, “haver uma maior necessidade de participação dos pais para o bom funcionamento das escolas”.

Na sua intervenção no fórum ‘Pensar a Escola Preparar o Futuro’, realizado pela Fundação Secretariado Nacional da Educação Cristã, Marçal Grilo, disse que “o país não conhece o trabalho que os professores realizam para um melhor ensino”, acrescentando que o recente acordo entre o ministério da Educação e os sindicatos sobre o modelo de avaliação dos professores e o Estatuto da Carreira Docente “dará maior serenidade às escolas”. Para o combate ao insucesso escolar em Portugal defende “maior autonomia das escolas e maior empenho de professores, ministério e pais”.

Portugal ilustrado

A ilustração foi o modo mais fácil para a entrada do modernismo em Portugal. A conclusão é da investigadora Theresa Lobo, que, ao longo de 20 anos, procedeu a um levantamento sobre ilustração portuguesa entre 1910 e 1940.

A obra, “Ilustração em Portugal ― I”, editada recentemente pelo IADE ― Instituto de Artes Visuais Design e Marketing ―, faz parte de uma fase de um trabalho exaustivo e mais abrangente no tempo que a autora pretende efectuar.

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Jornal de Notícias

A Educação em debate


OPINIÃO > João Baptista Magalhães: «Para que serve a ética?»


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

OPINIÃO > Miguel Ángel Santos Guerra: «¡Hola!, mintió él»

Esta ingeniosa expresión de Robert Maxwell me sirve para abrir algunas reflexiones sobre las trampas del lenguaje y sobre la falsedad que se esconde detrás de las palabras. ¿Cuántas veces hemos dicho “buenos días” a quien, en realidad deseamos un día de perros o sobre quien arrojamos la más displicente indiferencia? ¿No hemos dicho alguna vez “enhorabuena por el éxito” a una persona que consideramos claramente incompetente? ¿Por qué decimos “feliz cumpleaños” a quien no nos importa siquiera que los cumpla, no ya que los celebre con felicidad?

En los pasados días de Navidad hemos llenado llenamos la atmósfera de expresiones que transmiten buenos deseos. Me parece estupendo, por cierto. Ya decimos demasiadas veces cosas desagradable de y a los demás. Pero, ¿son siempre sinceras o son meramente protocolarias? ¿Están algunas veces envenenadas por los verdaderos sentimientos? ¡Ay, Señor, si el corazón y la cabeza fuesen transparentes y se puede ver desde fuera lo que se está pensando y sintiendo cuando se dicen palabras hermosas!

El lenguaje es como una escalera por la que subimos a la comprensión y a la liberación pero por la que bajamos a la confusión y a la dominación. El problema no radica en que no nos entendamos sino en creer que nos entendemos. El problema está en pensar que las palabras son inequívocas y que podemos utilizarlas sin maldad.

Tiene esta cuestión, a mi juicio, tres dimensiones que se complementan. Una se sitúa en la naturaleza misma del lenguaje. Otra en su utilización torticera. La primera cuestión es de orden técnico, la segunda de naturaleza psicológica. Podríamos abrir un tercer aspecto que mezcla los dos anteriores. Me refiero a la utilización que se hace del lenguaje de forma bienintencionada pero torpe.

Dentro de la primera dimensión nos preguntamos: por el verdadero significado de las palabras. ¿Tienen una semántica indiscutible? ¿Son inocentes esas acepciones? Las palabras pueden tener múltiples significados. Y, además, cada persona tiene un código semántico que aplica desde su peculiar contexto, formación e idiosincrasia.

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El Adarve