PCP vai obrigar ministra
a explicar no Parlamento
30.06.2009 - 22h06 Lusa
O PCP anunciou hoje que vai utilizar um pedido de agendamento potestativo para obrigar a ministra da Educação a ir ao Parlamento prestar esclarecimentos sobre a avaliação dos professores, as alterações à carreira docente e o concurso de recrutamento.
O anúncio foi feito hoje à tarde pelo deputado Miguel Tiago durante a reunião da Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República, depois de a maioria socialista ter rejeitado um requerimento do próprio PCP a solicitar a presença de Maria de Lurdes Rodrigues. Toda a oposição tinha votado favoravelmente o requerimento dos comunistas.
O presidente da Comissão, o socialista António José Seguro, lembrou que as comissões só podem funcionar depois de 10 de Julho para processo legislativo, um recado que o PCP remeteu para o Governo.
O Ministério da Educação anunciou na semana passada que foi pedido um parecer ao Conselho Científico para a Avaliação dos Professores sobre se no próximo ciclo avaliativo deve ser adoptado o modelo original de avaliação ou o regime simplificado aplicado este ano lectivo.
“Significa igualmente a persistência no erro, uma vez que a única solução correcta seria a imediata suspensão do modelo de avaliação e a sua imediata alteração. Esta obstinação do Governo em impor e manter uma solução comprovadamente fracassada acarreta efeitos inaceitáveis para a vida dos professores portugueses”, lê-se no requerimento do PCP entregue na semana passada.
No mesmo documento, os deputados Miguel Tiago e João Oliveira sublinham “a mesma postura de intransigência” do Governo apontando ainda “problemas” ao nível do recrutamento de professores, no que toca à contratação de docentes de espanhol, que este ano tiveram um regime excepcional.
“Apesar dos avisos feitos pela comunidade académica de Letras, pelas associações e sindicatos de professores, e também pelo PCP, o Governo não alterou as regras que permitem a contratação de professores de espanhol sem habilitação profissional de espanhol”, lembram os parlamentares comunistas.
Fonte: PÚBLICO