O secretário de Estado adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, acusou ontem Mário Nogueira de estar “a alimentar um clima de conflitualidade por interesses não sindicais”. E apontou como prova o facto de, segundo diz, o dirigente da Federação Nacional de Professores ter afirmado, horas antes, numa reunião no ministério, que “o objectivo da Fenprof é tirar a maioria absoluta ao PS”. Nogueira diz que não falou em partidos, mas admite ter dito que “já será positivo se a luta dos professores contribuir para que o próximo governo não tenha maioria absoluta”.
Em declarações ao PÚBLICO, Jorge Pedreira comentou a “extraordinária afirmação”, acrescentando que ela foi feita perante “umas oito pessoas”. Mário Nogueira respondeu que o secretário de Estado “só contou os representantes do Ministério da Educação” na reunião sobre o Estatuto da Carreira Docente e, por isso, juntou como testemunhas “mais seis ou sete” sindicalistas que, assegura, não o ouviram nomear o PS. “Mas eu sou parvo?! Ia lá falar no PS?”, reagiu, quando contactado.
A denúncia de Jorge Pedreira é feita cerca de um mês depois de José Sócrates ter acusado os sindicatos afectos à CGTP-IN de se deixarem instrumentalizar pelos interesses eleitorais do PCP e do BE. E o visado é Nogueira, um dirigente da federação afecta à CGTP que, pelo menos em Coimbra, é um destacado militante comunista, que já foi cabeça de lista da CDU em eleições autárquicas e legislativas.
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Fonte: PÚBLICO
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