O elo que faltava no Arquivo Oliveira Salazar, existente na Torre do Tombo
O arquivo perdido de Salazar foi descoberto por um contínuo
17.04.2009 - 18h03 Maria José Oliveira
É um dos mais importantes achados dos últimos anos. Perto de uma centena de caixas com documentos da Presidência do Conselho de Ministros (PCM), referentes aos anos entre 1938 e 1957, foram descobertas num armazém do Estado situado no Pendão, em Queluz.
Não será excessivo afirmar que se trata de uma das mais importantes descobertas dos últimos anos ― pela relevância da memória histórica e pela sua contribuição para a historiografia do Estado Novo. Em Outubro do ano passado, o director do Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, Silvestre Lacerda, descobriu, por indicação do contínuo de um armazém do Estado (ver texto ao lado), perto de uma centena de caixas com documentação da Presidência do Conselho de Ministros (PCM), referente ao período entre 1938 e 1957. Ninguém sabia da sua existência.
A descoberta deu-se num armazém tutelado pela Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros e situado no Pendão, em Queluz. Só após a transferência do conjunto para a Torre do Tombo foi possível aferir a sua real importância: os milhares de documentos originais guardados em 2827 pastas permitem reconstituir os processos de decisão política de António de Oliveira Salazar em períodos tão relevantes como os primeiros anos do Estado Novo, o fim da Guerra Civil de Espanha e a II Guerra Mundial. A diversidade da documentação confirma, de facto, a intervenção directa do então Presidente do Conselho nos mais variados assuntos ― desde o uso de “fatos de banho inconvenientes” até à relação de bens alemães existentes em Portugal em 1946, passando pela alteração dos horários de trabalho da Função Pública.
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Fonte: PÚBLICO
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