sexta-feira, 8 de maio de 2009

Ministra da Educação vai ao Parlamento explicar demissão do coordenador de Fafe

O BE chamou hoje a ministra da Educação ao Parlamento para explicar a demissão de um coordenador de uma escola em Fafe, por este alegadamente «não ter mobilizado» a comunidade escolar para a inauguração de uma nova biblioteca.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento onde explicava os motivos de ter solicitado a presença de Maria de Lurdes Rodrigues no Parlamento, a deputada bloquista Ana Drago considerou que «nos últimos tempos o Ministério da Educação tem sido palco de um conjunto de actuações muitíssimo duvidosas» e criticou o novo modelo de gestão de escolas por permitir a sua «instrumentalização».

«Tivemos as imagens de Castelo de Vide que foram recolhidas com a participação de estruturas do ministério para o tempo de antena do PS, tivemos a Inspecção-Geral de Educação a fazer interrogatórios a alunos numa escola e a visitar os presidentes dos conselhos executivos que contestaram o regime de faltas do Estatuto do Aluno e soubemos agora que num momento em que havia uma inauguração de uma biblioteca escolar, o presidente da Câmara achou que nesse domingo de manhã não havia lá gente suficiente e fez queixa ao novo director da escola, que resolveu destituir o coordenador», referiu.

Para a deputada do Bloco, «o que está em causa é a aplicação do novo modelo de gestão das escolas que dá poderes totalitários ao director, de nomear e destituir coordenadores a seu bel-prazer».

«Percebemos agora que as escolas vão ser instrumentalizadas para as diferentes inaugurações e que os directores não devem zelar pela qualidade educativa mas têm de arregimentar pessoas para inaugurações de bibliotecas escolares».

«Há muitas explicações a dar por parte do ministério da Educação, é o momento explicar ao país que política educativa num contexto em que se aproximam as eleições legislativas», afirmou Ana Drago.

A deputada do Bloco de Esquerda disse ainda que o novo modelo de gestão das escolas promove o «caciquismo» e manifestou a sua «preocupação» pela forma como este está a ser aplicado.

Lusa/SOL

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