Ter um diploma na mão, gostar do que se faz e mostrar vontade de trabalhar é pouco. Quem quer ensinar numa escola problemática precisa de mais trunfos. Caso contrário, as hipóteses de ficar entre os seleccionados são nulas. Pela primeira vez, os estabelecimentos de ensino considerados de risco estão a recrutar os seus docentes. O resultado do concurso só será conhecido no final do mês e excluiu qualquer interferência do Ministério da Educação. São os conselhos executivos que definiram os seus próprios critérios. Os 64 agrupamentos, que fazem parte dos Territórios Educativos de Intervenção Prioritária, determinaram o que querem de cada um dos candidatos.
“Não é uma ambição ao alcance de todos”, avisa Armandina Soares, presidente do conselho executivo do Agrupamento de Escolas de Vialonga, em Vila Franca de Xira. Só para os que conseguirem ser professores, mediadores culturais, directores de turma, formadores, assistentes sociais, psicólogos, gestores e administradores. Tudo ao mesmo tempo e, mesmo assim, não chega. Há também que dominar as novas tecnologias, participar em colóquios, seminários e conferências em Portugal ou no estrangeiro para as probabilidades aumentarem. Doutoramentos, mestrados, cursos de formação e reciclagem e ainda muita experiência em escolas problemáticas são as condições finais para garantir a selecção.
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Fonte: Jornal diário i
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