O porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores, Mário Nogueira, alertou hoje que “medidas novas para a Educação que nasçam do diálogo não serão possíveis com um governo de maioria absoluta”.
Mário Nogueira falava aos jornalistas a propósito da manifestação de professores que se realiza hoje em Lisboa.
Opondo-se às políticas educativas do Governo, sobre as quais diz existir “um profundo desacordo”, o também dirigente da Fenprof salientou que “novas políticas educativas serão mais fáceis de negociar com um governo que não tenha maioria absoluta”.
“Não que a maioria absoluta não seja democrática, mas com alguns governos, nomeadamente o socialista, o diálogo não é possível”, disse Mário Nogueira.
Quanto à manifestação de hoje, o dirigente sindical disse não dispor ainda de números, mas mostrou-se convicto de que a adesão será superior a 50 mil pessoas.
Questionado sobre a presença de dirigentes de partidos políticos na manifestação, em solidariedade com os professores, designadamente do Bloco de Esquerda, do PCP e do CDS/PP, Mário Nogueira mostrou-se satisfeito com o apoio, lembrando que o “partido socialista foi o único que ainda não recebeu os professores”.
Os manifestantes iniciaram já a marcha entre o Marquês de Pombal e os Restauradores, sendo que na frente da manifestação estão Mário Nogueira e outros dirigentes sindicais, que seguram uma faixa onde se lê: “A força da nossa razão”.
Os sindicatos de professores esperam que mais de 50 mil docentes se manifestem em Lisboa para exigir uma “efectiva” revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD) e a substituição do actual modelo de avaliação de desempenho.
As duas últimas manifestações nacionais de professores, a 08 de Março e 08 de Novembro do ano passado, reuniram em Lisboa 100 mil e 120 mil pessoas, respectivamente, segundo as estruturas sindicais.
SYP/FC.
Lusa
Fonte: Jornal de Notícias
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