Há uma semana, Sócrates deslocou-se a Ponte de Lima e entregou 260 computadores ‘Magalhães’. Tudo foi preparado com o desvelo de quem confunde governação com minúcias publicitárias: os meninos aplaudiam Sócrates enquanto este, feito Pai Natal adiantado, distribuía os presentes e os repórteres filmavam – afinal, ali não existiam ovos e tomates e o bom povo português admirava o seu ‘Presidente do Conselho’.
Sabemos agora que mal a comitiva virou costas a pequenada teve de devolver os computadores. Não admira, a sessão publicitária tinha terminado e os seus únicos objectivos estavam cumpridos.
A inenarrável Margarida Moreira, da DREN, garantiu que essa restituição "foi uma opção pedagógica". Deve ter sido por opções igualmente perspicazes que a Educação ficou como está.
Carlos Abreu Amorim, Professor Universitário
Correio da Manhã Ano XXIX | N.º 10 764 | Quarta-feira | 19/11/2008
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