É evidente que a culpa nunca pode ser dos professores, muitas vezes licenciados em universidades da treta, com cursos da treta, com diplomas da treta, que arranjaram emprego na escola pública. É evidente que a culpa nunca pode ser dos professores que sem saber ler, escrever e fazer contas arranjaram um modo de vida no ensino do Estado. É evidente também que os pais que colocam os filhos no ensino público, por falta de dinheiro ou de vagas nas boas escolas privadas, não têm o direito de apontar o dedo aos muitos maus professores que o Estado deixou entrar no ensino público e ainda por cima são obviamente culpados por não terem tempo ou conhecimentos para ensinar as criancinhas em casa.
Por culpa de ministros, Governos e talvez mesmo da democracia acontece que o ensino público chegou à desgraça que todos conhecem. Acontece que por medo, omissão ou demissão de muitos responsáveis políticos, o Ministério da Educação e as escolas ficaram entregues exclusivamente aos professores e seus sindicatos, que fizeram até agora o que queriam e bem entendiam no ensino público. Acontece que em 2005 chegou à 5 de Outubro uma professora universitária, mulher de esquerda com muito mau feitio, que arregaçou as mangas e se dispôs a salvar o ensino público do descalabro.
Contra ventos e marés da esquerda e de alguma direita, obrigou os professores a estar mais tempo nas escolas, obrigou-os a dar aulas de substituição, mudou um escandaloso estatuto da carreira docente cheio de privilégios e mordomias e, desaforo dos desaforos, quer saber quem é quem no sistema de ensino, isto é, quer saber quem são os maus, os medíocres, os bons e os excelentes professores que preparam as gerações futuras deste sítio pobre, infeliz, manhoso, hipócrita, corrupto e cada vez mais mal frequentado.
A reacção não se fez esperar com protestos, vigílias, mentiras, sofismas e as sucessivas tentativas de destruir o que uma senhora professora universitária, uma mulher de esquerda com muito mau feitio quer construir na Educação. Mas a verdade está à vista e só não a vê quem não quer. Podem ser 100, 120 ou 150 mil aos gritos nas ruas de Lisboa. Muitos professores têm medo de ser avaliados e não querem trabalhar. Ponto.
António Ribeiro Ferreira, Jornalista
Fonte: Correio da Manhã
[24/11/2008]
Comentário:
Não é a primeira vez que este tipo tenta fazer humor com os professores, acabando por alinhavar umas ideias preconceituosas e sem qualquer fundamento sobre aqueles que lhe deveriam merecer mais respeito, até pelo facto de se intitular jornalista.
O fulano resolve discorrer sobre aquilo que não conhece ou então ouviu falar vagamente nos encontros que manteve com a ministra da Educação... Terá comido alguma bolacha oferecida pela governante?
Onde é que o idiota viu «um escandaloso estatuto da carreira docente cheio de privilégios e mordomias»? Saberá o significado de «privilégios» e «mordomias»? Conhece algum professor que tenha viatura da escola onde lecciona ou a quem sejam pagos os quilómetros que é obrigado a deslocar-se para chegar ao local de trabalho? Conhece algum professor a quem sejam pagos os livros que compra para procurar saber cada vez mais?...
O homem parece não estar nada bem!...
Já não há paciência para tão pouca inteligência!...
Um comentário:
Esta criatura sabe que o seu QI não lhe permite destacar-se no jornalismo pela competência,optou pela única saída:lamber as botas do governo! ´
Postar um comentário