Isabel Vilar, actual ministra da Educação concedeu uma entrevista ao jornal Diário de Notícias, durante a qual deu respostas surpreendentes. Eis um extracto da mesma:
Entre as várias mudanças que propõe está mudar as disciplinas de História e Geografia de anuais para semestrais. Tendo em conta que foi professora de História e de Geografia, não lhe custa fazer isso?
Não me custa nada! A ideia que temos, sobretudo no terceiro ciclo, é que há muitas disciplinas. Se perguntar a um aluno quantas disciplinas tem, ele não consegue responder. Se perguntar a um pai, também não o consegue e, às vezes, os próprios professores não sabem bem quantas são. É uma proposta que está sobre a mesa mas que nem sequer foi regulamentada. Temos 22 escolas que têm contrato de autonomia, algumas já fizeram esse trabalho e consideram que foi muito benéfico porque os jovens concentram a sua aprendizagem. Muitas vezes estamos agarrados a soluções julgando que são as únicas soluções, mas há sempre vários caminhos para tudo.
É essa teoria/prática que usa nas negociações sindicais?
Em tudo! Mas, neste caso, os professores e as escolas têm competência para decidir e sabem qual é a melhor solução. Não há motivo para ser o ministério a dizer que a regra é esta porque esta é a melhor de todas. Porque é que não hão-de ser as escolas e os agrupamentos a decidir qual é a melhor solução para aquele grupo? Estes processos acontecem assim noutros países.
Fonte: Diário de Notícias
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