sábado, 28 de novembro de 2009

«A grande esperança»

TODOS, DESDE HÁ PELO MENOS três séculos, esperaram sempre muito, quase tudo, da educação. Dos iluministas aos positivistas, dos cristãos aos ateus, dos fascistas aos democratas, dos conservadores aos marxistas, todos consideraram, em seu tempo e para sempre, que a escola e a educação (ou instrução) trariam as virtudes necessárias ao cumprimento das suas ambições e dos seus propósitos para as sociedades. Desejou-se tudo da escola. Julgou-se que a razão nasceria naqueles bancos. Pensou-se que o espírito cívico seria aprendido nas salas de aula. Não se duvidou de que o professor iria formar novos homens. Teve-se a certeza que uma escola ajudaria os cidadãos a respeitar a lei e a ordem. Acreditou-se em que uma boa educação elevaria o nível cultural das populações e seria fonte de desenvolvimento. Esperou-se firmemente que a escola seria obreira da igualdade social. Todos pensaram que a escola seria o mais importante factor de mobilidade social. Houve quem julgasse, com benevolência, que a escola acabaria por subverter a ordem estabelecida. Como houve quem tivesse a certeza de que a escola ajudaria a temer a Deus e a respeitar as hierarquias. De toda esta esperança, repetida e renovada, nasceram crenças, certezas e mitos de vida dura. A ponto de quase não se ser capaz de perceber que os países, as sociedades, as pessoas e as culturas nas quais nasceram as escolas actuais já não existem. Mas continua a esperar-se que a escola forneça o que os mitos decretam.

Estas grandes esperanças marcaram as políticas dos governos dos países ocidentais. E de muitos outros. A despesa pública e privada com a educação atingiu patamares insuportáveis da ordem dos dez e mais por cento do produto nacional. Abriram centenas de milhares de escolas e milhões de professores foram formados e contratados. Os Ministérios da Educação transformaram-se em enormes instituições que procuram ansiosamente gerir e administrar milhares de escolas, centenas de milhares de professores e milhões de alunos, o que fazem através de normas e instruções que multiplicam quotidianamente e com que os professores devem gastar uma parte preciosa do seu tempo. Em Inglaterra, por exemplo, só este ano, o Ministério da Educação emitiu cerca de 3.000 páginas de novas regras e procedimentos, a acrescentar às dezenas de milhares já em vigor! Não se conhecem os números em Portugal, mas sabe-se que a produção ministerial pode sofrer de tudo, menos de infertilidade!

Olhando, hoje, para aqueles países, nota-se a semelhança dos problemas. Não há talvez país onde não se fale da “crise da educação” e da necessidade, mais uma vez, de a “reformar”. Os resultados escolares são cada vez mais medíocres. Com poucas excepções, as dificuldades na Matemática e nas línguas maternas são comuns. Os orçamentos dos Estados não conseguem esticar mais para suportar despesas crescentes e sem travão. Há violência nas escolas, seja entre alunos, seja entre alunos e professores. Apesar dos enormes esforços feitos para contrariar as tendências, o abandono e o insucesso mantém-se ou são estatisticamente disfarçados. Periódica e alternadamente, atribui-se a responsabilidade por este estado de coisas ao Estado, aos Pais, aos Professores, aos alunos, à sociedade global ou aos métodos pedagógicos. Como quase toda a gente continua a acreditar nos efeitos salvadores da educação, é sabido que todos reclamam mais uma reforma.

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Jacarandá

Há muita gente a precisar de ouvir isto…

Gabriel Chalita: «A gente tem de tratar melhor os professores»

Educação: Ministra defende sistema de avaliação que recompense o esforço dos professores

A ministra da Educação, Isabel Alçada, disse hoje [26.11.2009] em Bruxelas estar empenhada na criação de um sistema de avaliação de professores que recompense o esforço e a qualidade.

“Estamos a tentar criar na carreira uma progressão associada ao desempenho para que os professores sintam que a exigência acaba por se traduzir numa melhor progressão e numa recompensa para o esforço e para a qualidade”, disse a ministra, à margem de uma reunião com os seus homólogos dos 27.

Isabel Alçada sublinhou, também, que o executivo quer que “aquilo que ficar definido seja mesmo estimulante”.

“Se as pessoas tiverem estímulo nas suas carreiras, vão mais longe”, lembrou, acrescentando saber que “o trabalho na escola é muito exigente”.

“No que respeita ao estatuto e à carreira dos professores e ao sistema de avaliação que está associado, estamos a trabalhar com os sindicatos, temos uma agenda, um calendário e está tudo a correr conforme o previsto”, acrescentou a ministra.

Um dos temas debatidos em Conselho de Ministros da Educação da União Europeia foi o reforço da formação de docentes e também das direcções das escolas.

Correio do Minho

Pior a emenda do que o soneto?

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Vergonhoso!

Queixa na Polícia não a salvou da morte

Alice morta a tiro pelo ex-companheiro na pastelaria onde trabalhava

2009-11-24

SUSANA OTÃO, COM JOSÉ MIGUEL GASPAR E ALEXANDRA SERÔDIO

Em dez dias, cinco mulheres foram assassinadas pelos companheiros. Ontem, segunda-feira, Alice Duarte, de 46 anos, não sobreviveu a um tiro de caçadeira, mesmo depois de já ter alertado as autoridades que sofria ameaças de morte.

Pouco passava das 10 horas da manhã quando António S. entrou na pastelaria “Real”, no centro de Santarém. Discretamente, passou pelos cinco clientes que tomavam o pequeno-almoço e abeirou-se da cozinha. Ouviu-se um estrondo. Um tiro. Maria Alice Duarte, de 46 anos, caiu inanimada. “Já está. Tinha de fazer justiça pelas minhas mãos”, disse o homicida, ex-namorado da vítima.

Agostinho Pereira, sócio de Maria Alice na pastelaria apercebeu-se do que tinha ocorrido e em segundos ordenou a todos os clientes para que saíssem do estabelecimento. Quando tentou dirigir-se ao homicida este apontou-lhe a caçadeira.

“Quando vi a Alice deitada no chão, ia no seu encalço, mas ele olhou para mim e apontou-me a arma à cabeça. Só tive tempo de me baixar e fugir também”, disse, emocionado, ao JN. Ao sair da pastelaria, Agostinho Pereira trancou a porta por fora, de modo a não deixar fugir o homicida. Mas, ainda antes de ligar para a polícia, ouviu um outro tiro.

António S., de 47 anos, ex-namorado da vítima, ainda tentou o suicídio. Apontou a arma contra si e disparou, mas atingiu apenas um braço. Foi transportado ao Hospital de Santarém, embora os ferimentos fossem de menor gravidade. Ficou, desde logo, sob a guarda da PSP.

Ao que o JN apurou, Maria Alice, natural de Amor, em Leiria, era divorciada e vivia com o filho de 19 anos na cidade de Santarém. Há cerca de dois meses tinha iniciado um relacionamento amoroso com António S., mas durou pouco. Há um mês, Maria Alice optou por colocar um ponto final na relação. "Ela chegou à conclusão que ele não era homem para ela. Andava sempre a viajar por causa do trabalho e ela quis acabar tudo", contou uma amiga da vítima.

No entanto, o homem não ficou satisfeito com a decisão e passou a telefonar regularmente a Maria Alice como intuito de reatar o relacionamento. Como esta nunca acedeu ameaçou-a de morte.

Fonte da PSP, confirmou ao JN que a vítima tinha, efectivamente, apresentado uma queixa por ameaças de morte contra o homicida e que o processo estava a seguir os trâmites legais normais.

Nestes casos, quando há lugar a uma queixa por ameaças, um crime contra a vida, as autoridades têm de informar o Ministério Público para que inicie uma investigação. Posteriormente se se apurar que se trata de violência doméstica, as autoridades caracterizam o crime de público e, nesses casos, podem ser decretadas medidas imediatas para salvaguardar a vítima. No caso, ainda decorriam as investigações.

Este foi o quinto homicídio, em dez dias, de mulheres às mãos de homens com quem mantinham ou haviam mantido uma relação. Um número que eleva para 25 os assassínios no contexto da violência de género ocorridos no último ano. Apesar do número ser muito inferior ao do ano passado, ― registaram-se 45 mortes ―, o flagelo preocupa as autoridades e a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), que hoje apresenta um estudo sobre a violência contra as mulheres.

Fonte: Jornal de Notícias

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Eça de Queirós previu o futuro?

«Ordinariamente todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o ESTADISTA. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidade e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?»

Eça de Queiroz, 1867 in “O distrito de Évora”

Artigos insultuosos de Rangel levam-no a julgamento

Os ódios particulares do sr. Rangel levam-no à barra dos tribunais

Vá-se lá saber porquê, o senhor Emídio Rangel tem manifestado um ódio feroz aos professores, que expressa através de textos escritos com rancor, nos quais não se inibe de atacar e difamar os profissionais docentes, as suas organizações e os seus dirigentes.

Tal tem acontecido regularmente, mas foi particularmente violento a 8 de Março de 2008, no dia de realização da Marcha da Indignação dos Professores e Educadores Portugueses que juntou, em Lisboa, mais de 100 000 docentes.

Nesse dia, Emídio Rangel comparou os professores a hooligans, acusou-os de mau profissionalismo e afirmou que se encontravam ao serviço de um partido político que, inclusivamente, teria pago os autocarros para aquela Marcha.

A FENPROF, perante a justa indignação dos professores, recorreu aos tribunais onde apresentou queixa-crime contra o senhor Rangel. Um ano e oito meses depois, desenvolvido o processo e ouvidas as testemunhas, o senhor Rangel viu o DIAP de Lisboa constituí-lo arguido de um processo em que considera existirem indícios de prática do crime de difamação, avançando com o mesmo para julgamento.

Não é de estranhar, por isso, que o senhor Emídio Rangel se enchesse, ainda mais, de ódio e na semana em que tomou conhecimento que, por este motivo, estava a contas com a Justiça, tivesse voltado ao ataque contra a organização que accionou o processo-crime e o levará até às últimas consequências. Este novo texto de Rangel será mais uma peça que a FENPROF juntará aos autos.

Lisboa, 23 de Novembro de 2009

O Secretariado Nacional da FENPROF

Último texto de Emídio Rangel

OPINIÃO > Ricardo Reis: «Corrupção»

TV é central na sociedade

Felisbela Lopes, docente do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho (UM), afirma que a televisão é a “principal fonte da população portuguesa”, do ponto de vista informativo. Isto demonstra o “papel importantíssimo” que a televisão desempenha junto da sociedade, revelando-se um meio com “enorme centralidade” tanto junto das pessoas como dos próprios media.

Televisão tem “responsabilidade enorme”

Segundo a também investigadora, o poder de agendamento e a actualidade noticiosa característicos da televisão ampliam a sua importância e impõem-lhe uma “responsabilidade enorme”. O surgimento de novas tecnologias retira, de acordo com a docente, espaço à televisão. “As novas tecnologias, como a Internet, multiplicam lugares de informação”, refere.

Felisbela Lopes adianta que a televisão “tem de saber multiplicar esses lugares”, pondo-se a par dos novos meios de informação.
Quando questionada sobre o possível papel educativo da televisão, Felisbela Lopes afirma não ser apologista dessa visão. O dever da televisão, diz, é o de “informar com rigor”.

E acrescenta: “não devemos olhar os media com intuitos educativos, o seu fim primeiro não é educar”. A docente, cuja tese de doutoramento versa sobre a televisão, prefere olhar o carácter educativo da televisão como uma consequência do seu rigor e não como um objectivo principal.

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Correio do Minho

«Enseigner, c'est pouvoir agir, malgré tout!»

“Y-a-t-il une fatalité à ce que les élèves de ZEP n’entrent pas dans les apprentissages? Peut-on faire autre chose que d'envisager que "quelques élèves" s’en sortent ? Le "premier niveau" du système éducatif est de plus en plus interpellé. Si nous avons des responsabilités, encore faut-il préciser lesquelles.

Pour Alain Houchot, cette logique, paradoxalement, peut arranger beaucoup de ceux qu’on entend dire parfois :"que voulez-vous qu'on fasse, puisqu'ils n’ont pas appris dans les classes précédentes ce qu’ils devaient apprendre?", cherchant des explications extérieures. Certes, on peut sans doute prouver que certains résultats de CE2 annoncent l’échec en 6.e, et même que le cycle III creuse parfois les écarts pour des élèves en situation de précarité, de pauvreté. Mais souvent, "l’explication" sert à légitimer un point de vue "a priori" cherchant des boucs émissaires : "les premières années de la maternelle"; "cursus scolaire trop lâche", "manque d'exigences au bon moment" entend-on souvent de ceux qui cherchent surtout à justifier des choix pédagogiques et didactiques: apprentissages linéaires, présupposés sur les "compétences de base" qui seraient préalables à la compréhension du complexe...

"Mais on oublie alors, oppose-t-il, que pour de nombreuses personnes, on peut apprendre à tous âges ce qu’on aurait pu apprendre jeune. Tout migrant, tout autodidacte sait que c’est possible."

Alors, quand la légitimité de l’école ou des savoirs sont remis en cause, rien d'étonnant à ce que les choses s’aggravent. Des élèves "mis en difficultés"?

Puisque ces élèves, toujours les mêmes, sont mis en échec à l’Ecole depuis des décennies, il demande de se poser la question à l’inverse: "Avons nous le pouvoir de ne pas les mettre à l’échec ?". C’est pour lui la seule chance de sortir du débat éternel des "pour" ou des "contre". Si on prend l’exemple de la scolarisation des tout-petits en maternelle, la question est bien: "quelle structure peut les accueillir, gratuitement pour les familles, dans des conditions éducatives adaptées?". C'est une question de choix, d’idéologie au bon sens du terme.

Donc, la question de la responsabilité des difficultés est forcément partagée: "Les enseignants du premier degré auraient-ils des pouvoirs que n’ont pas ceux du second degré ?"

S’il emploie à dessein l’expression "mis en difficulté", c’est parce qu’il demande que l’Ecole (et donc les enseignants) cherche à mieux comprendre ce qu’elle attend des élèves, et ce qui fait qu’un élève va être déclaré par un enseignant comme "répondant à ses attentes", ou non. "On peut peut-être y trouver le moyen de trouver des clés".

On attend généralement que les élèves aient plusieurs grands domaines de compétences: qu’ils soient respectueux des règles, des personnes et des codes sociaux, mais aussi qu'ils soient autonomes et actifs. Il y voit déjà un problème de cohérence entre les deux.

On attend aussi qu’ils aient envie d’apprendre: rien de plus désespérant que d’avoir des élèves qui n’ont pas d’envies, pas de connaissances. On attend aussi qu’ils mobilisent leurs connaissances dans des situations complexes, qu’ils expriment des talents. "Dès le mois de septembre du CP, alors qu’on commence à peine à leur apprendre à écrire, on attend des compétences pour le cahier du jour: reproduire la date, le mois... Bref, déjà savoir..."

Evidemment selon les cycles, les attentes sont à des niveaux différents. Mais on veut qu’ils soient déjà des élèves. Et dans tout groupe, on risque de prendre pour référence ceux qui en savent déjà plus que les autres...

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Le Café Pédagogique

domingo, 22 de novembro de 2009

Ria com Jô Soares

OPINIÃO > Emídio Rangel: «Paz à sua alma»

Comentário:

Esta crónica de Emídio Rangel vem na mesma linha daquelas que o autor tem escrito neste mesmo jornal diário.

Não tem qualquer pingo de vergonha quem se intitula “jornalista” escrever um artigo deste teor, deixando sair o produto da sua vesícula biliar contra os docentes.

Não se entende a oportunidade dos seus escritos… A não ser que o homem esteja sentido por o “seu” Governo e o seu querido Primeiro-Ministro estarem agora em minoria, sem capacidade de impor seja o que for, como acontecia anteriormente…

Aquele que um dia foi considerado “o educador de Portugal”, com os resultados conhecidos, já nem reconhece os educadores que todos os dias fazem sacrifícios, para que a Educação tenha ainda alguma dignidade, apesar das iniciativas dos governantes nestes últimos quatro anos.

Se Emídio Rangel continuar assim, o melhor é procurar um médico, talvez um especialista em saúde mental, para ver se descobre de onde lhe vem tanto ódio contra os Professores portugueses…

OPINIÃO > José Matias Alves: «Fazer crer»

«Toda a arte do político é fazer crer.» (Maquiavel)
«
Ver para crer. Crer para ver.» (Vergílio Ferreira)
«
Mudar as coisas respeitando as pessoas.» (Patrice Ranjard)

Neste tempo eminentemente político (neste novo ciclo) é talvez oportuno uma palavra breve sobre a mudança que é preciso fazer acontecer nas nossas escolas. Uma mudança com as pessoas e não contra as pessoas. O sonho autoritário e burocrático provou à saciedade a sua falência. Mas há sempre os saudosos que se querem deixar iludir. Ora é preciso uma pedagogia da explicação (e da implicação).

Uma mudança que toque o coração da escola.

E o coração da escola é a relação pedagógica, é o uso do espaço e do tempo, são as condições de trabalho, é a autonomia e a responsabilidade. Mas para que o coração pulse tem de se alimentar das relações internas e externas. Nenhum coração sobrevive sozinho. Uma mudança que articule e mobilize recursos. Pois há imensos recursos que nós não vemos (e por isso não usamos). Muitos recursos dentro e fora da escola que podem ser mobilizados para a acção educativa. Uma mudança que explicite metas, propósitos, vantagens, dificuldades. Pois nenhuma mudança se mantém no engano de alma, na manipulação e encenação. Uma mudança que não confunda o essencial com o acessório, que saiba que o termómetro não faz baixar a febre, que a lei do mercado não é o destino do homem, que os exames não são a panaceia que tudo resolvem.

Eis algumas linhas de um projecto de mudança determinada e serena.

(JMA, 2002)

Fonte: Terrear

OPINIÃO > José Matias Alves: «Práticas de diferenciação»

Num quadro de alargamento da escolaridade obrigatória para 12 anos, um dos eixos estratégicos para o desenvolvimento da educação portuguesa tem a ver com a produção e disponibilização de recursos para a diferenciação pedagógica.

De facto, a crescente heterogeneidade social e cultural dos alunos, a diversidade de ritmos de aprendizagem, o diferente domínio de determinados conteúdos e competências obriga a pensar a escola (e a sala de aula) como um centro multi-recursos, a percepcionar o professor como um organizador e mediador de aprendizagens, a configurar uma diversificação de métodos e de recursos que potenciem o domínio das competências básicas que escola não pode deixar de garantir, a usar diversos instrumentos e situações de avaliação.

Esta aposta vem sendo, certamente, feita por muitas escolas, conscientes de que este é um caminho essencial e decisivo. E no meio de tantas notícias e de tantos comentadores encartados que só vêem o que está mal e assim reforçam a negatividade e a descrença, é bom ver o
investimento de escolas na produção de recursos próprios para gerar aprendizagens à medida das necessidades, é bom sentir o entusiasmo na produção de percursos didácticos centrados nos contextos reais, é bom percepcionar a implicação dos alunos na resolução de
problemas, na realização de fichas de trabalho diversas que respondem a necessidades específicas. E é bom verificar o cuidado da organização e o sentido destas práticas simples, mas distintivas e singulares.

Fonte: Terrear

Aumenta o número de jovens de 18 anos a abandonar os estudos

«Warning: studying can seriously affect your grades»

A report by two professors provides proof that the number of hours you spend studying has an effect on your grades

Does studying affect grades? Ralph and Todd Stinebrickner published what they say is the first persuasive evidence that it does. In their words, there is a “causal effect of studying on grade performance”.

Ralph Stinebrickner is a professor of mathematics and computer science at Berea College in the US. Todd, his son, is a professor of economics at the University of Western Ontario, Canada. Their report appears in the Berkeley Electronic Journal of Economic Analysis and Policy.

People assume blithely that studying affects grades. The Stinebrickners say that there was never any real proof. They tell how others had sought and failed to find some:

“The difficulty of providing information about the causal effect of studying is highlighted by an ambitious 10-year study by Schuman et al at the University of Michigan. The authors took four different approaches... but could not uncover a (conditional) correlation which indicated evidence of the ‘hypothesised substantial association’.”

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The Guardian

«Acabar com a divisão na carreira sai caro», segundo o 'Expresso'

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Partido Socialista leva a água ao seu moinho…

Com a votação dos projectos das várias forças políticas, foi aprovado o do PSD que deixou de falar em suspensão e adoptou o termo substituição, sendo viabilizado com a abstenção do PS. Os restantes diplomas da oposição foram chumbados.

O diploma do PSD recomenda ao Governo o fim da divisão da carreira em duas categorias e a criação de um novo modelo de avaliação no prazo de 30 dias, além de defender que no primeiro ciclo avaliativo, que está a terminar, não haja professores penalizados em termos de progressão na carreira devido a diferentes interpretações da lei.

A notícia na SIC

Vídeo 1 AR rejeita 7 diplomas sobre avaliação de professores

Vídeo 2 ─ Oposição dividida quanto à avaliação de professores

Vídeo 3 ─ “Não fizemos frete nenhum ao Governo”, diz Aguiar Branco

Vídeo 4 ─ Ministra reafirma empenho na criação de "novo modelo"

Vídeo 5 ─ Ministra não explica ausência no Parlamento

Vírus à solta

EDUCAÇÃO: «A Prova dos nove», segundo a "VISÃO"

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ministra da Educação envia comunicado às escolas

Ministra da educação envia comunicado às escolas sobre o 1.º ciclo de avaliação do desempenho dos docentes

1. O 1.º ciclo de avaliação do desempenho docente prossegue e conclui-se, nos termos da lei, até 31 de Dezembro de 2009.

2. Todos os docentes serão avaliados no âmbito do 1.º ciclo de avaliação desde que se tenham apresentado a avaliação na primeira fase desse processo, tal como identificada na alínea a) do Artigo 15.º do Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro e como tal mantida no chamado procedimento de avaliação simplificado, nos termos da alínea a) do n.º 2 do Artigo 2.º do Decreto Regulamentar n..º 11/2008, de 23 de Maio.

3. Assim, a apresentação do avaliado à primeira fase do processo de avaliação concretiza-se através da entrega da ficha de auto-avaliação, que é legalmente obrigatória (conforme dispõe expressamente o n.º 2 do Artigo 16.º do Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro), ainda que não tenham apresentado previamente, no prazo previsto, a respectiva proposta de objectivos individuais.

4. Nos termos da alínea a) do n.º 1 do Artigo 8.º do Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro, a avaliação de desempenho tem sempre por referência os objectivos e metas fixados no projecto educativo e no plano anual de actividades para o agrupamento de escolas ou escola não agrupada.

5. Quando estejam fixados objectivos individuais, o grau de cumprimento desses objectivos constitui, nos termos do Artigo 10.º do Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro, referência essencial da classificação atribuída em relação aos parâmetros a que tais objectivos se reportem.