domingo, 1 de novembro de 2009

OPINIÃO Paulo Morais: «Avaliação de professores não deve ser “um fim em si mesma”»

A nova ministra da Educação ainda agora tomou posse e já voltou o ruído ensurdecedor da discussão sobre a avaliação dos professores.

A oposição, de forma oportunista, pegou no tema e a governante parece não lhe conseguir resistir. Mas não haja dúvidas de que, se a discussão se mantiver como até aqui, as políticas de educação já terão falhado.

Em primeiro lugar, convém lembrar que a avaliação de professores não é um fim em si mesma, nem deve constituir um núcleo central da política educativa. A avaliação dos docentes é apenas um meio para que os nossos filhos tenham melhores professores, que os ensinem e habilitem melhor.

Este, sim, deve ser o objectivo central de todo o sistema de ensino: a formação académica e científica adequada dos estudantes, para que possam mais tarde vir a ser profissionais realizados, competentes, úteis e produtivos; a que se deve juntar a formação desportiva que os torne cidadãos saudáveis e, por último, também não deve ser esquecida uma forte componente de formação cívica que permita que as próximas gerações sejam mais participativas e cumpridoras dos seus deveres.

É para isto, deve ser para isto, que serve um sistema de ensino.

Avaliar os professores é, tão só e apenas, um dos seus múltiplos aspectos, não podemos é permitir que se torne no centro do sistema.

Paulo Morais

Fonte: Rádio Renascença

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