Num quadro de alargamento da escolaridade obrigatória para 12 anos, um dos eixos estratégicos para o desenvolvimento da educação portuguesa tem a ver com a produção e disponibilização de recursos para a diferenciação pedagógica.
De facto, a crescente heterogeneidade social e cultural dos alunos, a diversidade de ritmos de aprendizagem, o diferente domínio de determinados conteúdos e competências obriga a pensar a escola (e a sala de aula) como um centro multi-recursos, a percepcionar o professor como um organizador e mediador de aprendizagens, a configurar uma diversificação de métodos e de recursos que potenciem o domínio das competências básicas que escola não pode deixar de garantir, a usar diversos instrumentos e situações de avaliação.
Esta aposta vem sendo, certamente, feita por muitas escolas, conscientes de que este é um caminho essencial e decisivo. E no meio de tantas notícias e de tantos comentadores encartados que só vêem o que está mal e assim reforçam a negatividade e a descrença, é bom ver o
investimento de escolas na produção de recursos próprios para gerar aprendizagens à medida das necessidades, é bom sentir o entusiasmo na produção de percursos didácticos centrados nos contextos reais, é bom percepcionar a implicação dos alunos na resolução de
problemas, na realização de fichas de trabalho diversas que respondem a necessidades específicas. E é bom verificar o cuidado da organização e o sentido destas práticas simples, mas distintivas e singulares.
Fonte: Terrear
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