terça-feira, 29 de setembro de 2009

Vítimas de cibercrime estão a aumentar

Cibercrime

Cuidado. A sua identidade pode estar à venda no mercado negro da internet

Uma em cada cinco pessoas será vítima de cibercrime, diz a empresa de segurança Symantec. Ataques cresceram brutalmente desde 2006

Kashima Brown estava em casa, na Califórnia, quando recebeu o telefonema de um amigo. “O que é que te aconteceu?!”, perguntava ele, preocupado, depois de ter recebido um email urgente a dizer que estava perdida e precisava de dois mil dólares para regressar a casa.

Surpreendida, Kashima negou que estivesse em apuros e considerou que tinha sido alvo de uma brincadeira. Uns minutos mais tarde, outro amigo telefonou com a mesma pergunta, e outro ainda pouco tempo depois. Mas Kashima só ficou verdadeiramente alerta quando a Western Union lhe ligou a confirmar uma transferência de dez mil dólares para uma conta no estrangeiro. Estava a ser vítima de um ataque de cibercriminosos, que roubaram todas as informações da sua conta PayPal depois de Kashima ter caído num esquema de phishing.

“Nunca tinha ouvido falar de phishing e recebi um email da PayPal a dizer que era preciso confirmar alguns dados. Nem hesitei, carreguei no link e fiz o que pediam.” Kashima Brown, que trabalha como analista em São Francisco, escapou por muito pouco ao roubo de identidade de que foi alvo. Mas esta não é a regra, é a excepção: de acordo com os especialistas em segurança da Symantec, empresa que fabrica o software Norton, uma em cada cinco pessoas serão alvo de cibercrime. Muitas delas vão perder milhares de euros e podem até ficar endividadas para o resto da vida. E como funciona o cibercrime? O que a polícia descobriu nos últimos dois anos é, no mínimo, assustador.

Mercado negro

Existe uma economia paralela de piratas, que funciona na internet e que muitos especialistas e agentes da autoridade desconheciam até há pouco tempo. Nestes mercados negros virtuais, há gangues organizados que compram e vendem cartões de crédito, endereços de email, contas bancárias e até identidades completas em modo grossista ― isto é, em pacotes. Cartões de crédito e credenciais de contas bancárias são os maiores alvos. E agora até estão na moda as promoções. Por exemplo: “Oferta especial! Receba um cartão de chamadas grátis por cada pacote de identidades comprado!”

(Continua…)

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