Cinquenta anos depois de partir para exílio que o levou primeiro ao Brasil e depois aos Estados Unidos, Jorge de Sena, um das grandes figuras da literatura do séc. XX, volta para o seu país de origem.
Os restos mortais do poeta são hoje sepultados no cemitério dos Prazeres, em Lisboa, depois de uma cerimónia de homenagem na Basílica da Estrela, na qual participam o ensaísta Eduardo Lourenço, o ex-Presidente da República, Ramalho Eanes, e o ministro da Cultura.
Os restos mortais foram transportados de Santa Bárbara, Califórnia, onde o antigo professor catedrático de literatura tinha falecido, há 31 anos.
O poeta, dramaturgo, romancista, crítico e ensaísta nasceu em Lisboa a 2 de Novembro de 1919, mas viveu exilado por razões políticas a partir de 1959, primeiro no Brasil, e posteriormente nos Estados Unidos, desde 1965.
Jorge de Sena abandonou Portugal em 1959 por temer represálias na sequência de uma tentativa de golpe de Estado. O regresso, 50 anos depois do exílio é a derradeira homenagem diz a viúva Mécia de Sena.
Autor de livros de poesia como “Perseguição”, “Pedra Filosofal” ou “Metamorfose”, Jorge de Sena foi um estudante de letras apenas na prática literária, porque de formação era engenheiro civil.
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