Tema pouco estudado, problema que nem vemos, muitas vezes. Em nome da inclusão, da escola inclusiva, da escola para todos, oferecemos o mesmo a todos, nos mesmos espaços e tempos, com as mesmas actividades e recursos, quando cada um reclama respostas singulares e específicas. E assim pensamos que tratar do mesmo modo o que é diferente é uma forma de promover a igualdade. Defendemos turmas “heterogéneas” acreditando que essa diversidade social, cultural, cognitiva e emocional e os diferentes patamares de domínio de conhecimentos são preciosas fontes de enriquecimento das aprendizagens. Em condições ideais, sim. Mas a realidade aí está para se impor às teorias. Em muitas situações, os limiares da complexidade no interior da sala de aula são largamente ultrapassados, instalando-se o caos onde quase ninguém aprende. Se queremos a equidade e uma escola mais justa não podemos ficar “indiferentes às diferenças”. Não podemos dar “mais do mesmo”, acrescentando ao currículo o que manifestamente não resulta. É preciso conceber, experimentar e avaliar novos paradigmas de escolarização onde todos possam realmente aprender mais. E onde o sucesso não seja a consequência da indiferença e do abandono e das passagens administrativas.
Fonte: Terrear
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Da Escola inclusiva que pratica a insidiosa exclusão
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