Numa entrevista concedida por Valter Lemos ao Jornal Reconquista, de Castelo Branco, aquele governante considera que o sistema de avaliação é essencial, mas admite que os seus instrumentos possam ser melhorados, atribuindo uma nota mais positiva aos docentes do que aquela que os sindicatos lhe dariam a si...
Eis um extracto da entrevista:
Que nota daria, genericamente, aos professores portugueses?
Daria uma nota bem melhor do que aquela que os sindicatos me dariam a mim. Sou professor e tenho sobre a escola e o trabalho dos professores convicções profundas. A profissão docente é a mais bonita de todas. Só alguns tem a sorte de poder fazer futuro e os professores têm essa oportunidade. Agora a conta em que nós temos a escola e os professores resulta, não dos artigos que toda a gente faz nem da retórica, mas naquilo que verdadeiramente se faz. E não creio que, desde o 25 Abril, tivessem sido adoptadas medidas que fossem conscientes da capacidade da escola. Todas elas assentaram no pressuposto de confiança no trabalho da escola pública, ou seja que a escola era capaz de fazer, o que demonstra confiança na capacidade de realização da escola e dos professores. As políticas devem ser avaliadas pela sua colocação no terreno. Um político, responsável, quando se candidata deve apresentar um programa e no final deve apresentar contas sobre as suas propostas. E nesse aspecto, não tenho nenhum problema, de linha a linha, de as apresentar. Todas as políticas desenhadas por nós partiram sempre no pressuposto de confiança do trabalho dos professores e da escola, ao contrário daqueles que referem sempre que os professores não estão preparados quando tentamos por uma política no terreno.
Fonte: Jornal Reconquista
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